Compreenda em 10 tópicos as conversas de Bolsonaro com Eduardo e Malafaia

A Polícia Federal apura, por meio de diálogos, estratégias para pressionar o STF, articular apoio nos Estados Unidos e buscar a absolvição do ex-preside…

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(Imagem de reprodução da internet).

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro pela atuação de Bolsonaro nos Estados Unidos.

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O relatório apresenta uma série de diálogos recuperados do celular apreendido de Bolsonaro, envolvendo também o ex-presidente Eduardo Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia. Esses intercâmbios de mensagens ocorreram entre 13 de junho e 17 de julho de 2025.

A Polícia Federal aponta que os diálogos revelam estratégias coordenadas para pressionar o STF (Supremo Tribunal Federal), articular apoio nos Estados Unidos e tentar eximir Bolsonaro de uma possível condenação por tentativa de golpe de Estado.

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A CNN compilou os aspectos mais importantes das mensagens, veja a seguir:

Anistia e conspiração com os Estados Unidos.

Em 7 de julho de 2025, Eduardo Bolsonaro encaminhou ao pai uma tradução de uma publicação de Donald Trump. Nessa mensagem, o ex-presidente dos EUA defendia Jair Bolsonaro, afirmando que ele era vítima de uma “caça às bruxas”.

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Posteriormente, Eduardo expressou preocupação em relação ao apoio à proposta de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. De acordo com a PF, o parlamentar deixa evidente que não se tratava de anistiar os manifestantes, mas assegurar impunidade ao próprio Jair Bolsonaro.

Se a anistia parcial for aprovada, a última assistência dos EUA terá sido o legado de Trump. Eles não oferecerão mais suporte. É preciso escolher entre auxiliar o Brasil, desrespeitar o STF e restaurar a democracia ou retornar aqueles que participaram de um protesto que se transformou em tumulto para uma unidade prisional.

Aviso sobre tarifas e narrativa unificada.

Após os EUA anunciarem tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, Eduardo preparou uma nota para Jair Bolsonaro: “Me dá o ok para eu enviar para a imprensa”. Pouco depois, sugeriu a publicação de um vídeo em agradecimento a Trump. Disse ao pai: “O cara mais poderoso do mundo está a seu favor. Fizemos a nossa parte”.

A Polícia Federal aponta que os diálogos indicam que o pai e o filho possuíam conhecimento prévio das tarifas e elaboraram uma narrativa falsa para apresentá-las como uma decisão neutra dos Estados Unidos. A disseminação, conforme o relatório, seguiu o “modus operandi da milícia digital”: mensagens em massa, por múltiplos canais, com figuras de autoridade para conferir credibilidade.

Isolamento de Tarcísio

Em 11 de julho de 2025, Eduardo comunicou ao pai sobre a reunião de Tarcísio de Freitas com diplomatas dos EUA. Ele informou que somente ele e Paulo Figueiredo teriam acesso direto à Casa Branca: “Se ele quiser acessar a Casa Branca, não conseguirá. Só eu e Paulo Figueiredo temos acesso.”

O deputado também criticou Tarcísio: “Nunca te ajudou em nada no STF. Sempre esteve de braços cruzados vendo você sofrer e se aquecendo para 2026”.

A Polícia Federal aponta que Eduardo atuava para minar a posição de Tarcísio em relação aos Estados Unidos, ressaltando que somente Jair Bolsonaro poderia ser o aliado de Trump em 2026.

O Supremo Tribunal Federal enfrenta crescente pressão.

Comunicações apontam articulação para alterar a relatoria da ação penal sobre o golpe no STF. A estratégia mencionada indicava que, caso o caso fosse ao plenário, poderia ser conduzido por André Mendonça. Para a Polícia Federal, essa foi uma tentativa de prejudicar o andamento do processo.

Eduardo também solicitou que o pai evitasse entrevistas para não comprometer as negociações nos Estados Unidos. Ele chegou a prever a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes: “Magnitsky no Moraes está muito, muito próxima”.

A defesa de Gilmar Mendes.

Em junho, Eduardo transmitiu arquivos de mídia ao pai e solicitou permissão para divulgá-los. Bolsonaro respondeu que não deveria ser feito e aconselhou o filho: “ignore qualquer crítica ao Gilmar”.

O ex-presidente ainda mencionou que vinha conversando com alguns ministros do STF, que expressavam preocupação com possíveis sanções aplicadas pelos Estados Unidos.

Orientação de discursos

Malafaia aconselhou Bolsonaro sobre a postura pública dos filhos em relação à anistia e às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Ele elogiou Flavio Bolsonaro pelo tom utilizado em entrevistas: “Dá parabéns ao Flavio, pô! Falou certo, cacete, na CNN… na Globo News: ‘Eu não sou a favor da taxação, não. Mas tem que sentar para conversar sobre a anistia’.”

Eduardo Bolsonaro foi criticado por seu discurso nacionalista, que não correspondia à estratégia do grupo: “E vem teu filho babaca falar merda! Dando discurso nacionalista, que eu sei que você não é a favor disso.”

O pastor insistiu na relevância de Bolsonaro explorar o cenário favorável criado pelas ações dos EUA, enfatizando que ele possuía o domínio sobre a narrativa e as escolhas estratégicas. “A faca e o queijo está na sua mão ó cacete! E nós não podemos perder isso, pôs…”

A Polícia Federal aponta que Malafaia exercia a função de mediador de mensagens, sugerindo aos filhos e a ele mesmo como agir para influenciar as autoridades.

Há pressão aberta sobre o Supremo Tribunal Federal.

Em julho, Malafaia aconselhou Bolsonaro a intensificar a pressão sobre o Legislativo, incluindo líderes da Câmara e do Senado na estratégia de anistia.

O pastor orientou Jair Bolsonaro a produzir um vídeo com mensagem direta a Hugo Motta e Davi Alcolumbre, os líderes do Congresso: “Solicitando que eles deixem de desempenhar papéis secundários e se tornem os protagonistas”.

Malafaia e sanções

Após o anúncio das tarifas, Silas Malafaia informou Jair Bolsonaro que produziria vídeos em defesa das sanções contra autoridades públicas.

A Polícia Federal apurou que o objetivo era empregar sua influência religiosa para exercer pressão sobre o STF, em consonância com os interesses de Bolsonaro e Eduardo.

Alerta sobre Tarcísio

Em 11 de julho, Malafaia direcionou mensagem a Jair Bolsonaro: “Se Tarcísio foi embaixador americano por sua solicitação, você cometeu o maior erro político de sua vida”.

De acordo com a Polícia Federal, a mensagem demonstra a preocupação do pastor em relação a movimentações que pudessem afetar a estratégia dos investigados, sobretudo em relação às negociações com os Estados Unidos.

Fonte por: CNN Brasil

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