Compreenda as distinções entre o “Ozempic” brasileiro e outros injetáveis
O Olire e o Lirux, desenvolvidos pela EMS, são recomendados para o tratamento da obesidade e diabetes tipo 2, respectivamente.

Os medicamentos Olire, para o tratamento de obesidade, e Lirux, para diabetes tipo 2 – ambos desenvolvidos pela farmacêutica EMS – chegam às farmácias nesta segunda-feira (4). Com produção realizada no Brasil, as canetas são conhecidas popularmente como “Ozempic brasileiro”.
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Apesar de semelhantes, são medicamentos com princípios ativos e mecanismos de ação distintos. Seguir, compreender as principais diferenças entre Olire e Lirux e canetas como Ozempic, Wegovy e Mounjaro.
Liraglutida x semaglutida x tirzepatida
Tanto o Olire quanto o Lirux são medicamentos à base de liraglutida, uma molécula análoga ao GLP-1, hormônio produzido pelo intestino e liberado com a presença de glicose. Ele indica ao cérebro que estamos alimentados, reduzindo o apetite, além de elevar os níveis de insulina e regular os níveis de açúcar no sangue.
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Este é o mesmo princípio ativo dos medicamentos Saxenda e Victoza, da Novo Nordisk, que são de uma geração anterior de canetas injetáveis para diabetes e obesidade. A patente desses medicamentos expirou este ano no Brasil, o que possibilitou a fabricação de Olire e Lirux no país.
A Olire e a Lirux são medicamentos baseados em liraglutida, produzidos através de uma tecnologia moderna que envolve a síntese química de peptídeos e segue as diretrizes da FDA (agência americana) reconhecida internacionalmente, replicando a cadeia peptídica com alto grau de pureza e rendimento. Essa tecnologia está viabilizando inclusive as novas gerações de hormônios peptídicos, explica Iran Gonçalves Jr., diretor médico da EMS.
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Já o Ozempic e o Wegovy são medicamentos baseados em semaglutida, que também é uma molécula análoga ao GLP-1. Ela atua na regulação do nível de glicemia e na promoção de maior sensação de saciedade.
Finalmente, o Mounjaro apresenta como princípio ativo a tirzepatida, que age no organismo ativando os receptores do GLP-1 e do GIP. Esses dois hormônios são encontrados em áreas do cérebro humano e são importantes para a regulação do apetite, além de aumentar a produção de insulina pelo pâncreas para controlar os níveis de açúcar no sangue.
Energia para a queima de gordura
Conforme a endocrinologista Deborah Beranger, o Mounjaro se apresenta como a opção mais eficaz para perda de peso, devido à presença de dois hormônios (GLP-1 e GIP). O Wegovy apresenta a segunda maior potência. Assim, o Olire é menos potente quando comparado aos concorrentes, embora ambos sejam igualmente eficazes.
De acordo com ensaios clínicos, o Wegovy resultou em uma diminuição média de 17% no peso, sendo que um terço dos pacientes alcançou uma redução superior a 20%. Em um estudo recente, o Mounjaro promoveu uma perda de peso relativa 47% maior do que o concorrente.
De acordo com estudos clínicos, o Olire apresenta uma eficácia média de 8% a 10% na perda de peso em um período de seis meses a um ano. “A liraglutida tem uma potência inferior à da semaglutida (como o Ozempic) e da tirzepatida (como o Mounjaro), mas ainda é uma opção bastante eficaz para muitos pacientes”, avalia Marcio Krakauer, médico endocrinologista cofundador da G7med, em matéria publicada anteriormente na CNN.
Todos os medicamentos da classe apresentam eficácia e segurança para a redução da glicose no sangue em relação ao diabetes tipo 2.
Doses e periodicidade de administração
A dosagem e a frequência de administração do Olire e do Lirux se distinguem do Ozempic, Wegovy e Mounjaro. Contudo, ao contrário dos concorrentes que exigem aplicação semanal, o novo medicamento brasileiro necessita de uso diário.
O Lirux apresenta dose máxima de 1,8 mg por dia e é disponibilizado em embalagens contendo uma, duas, três, cinco e dez canetas. Já o Olire possui dose máxima de 3 mg por dia, com embalagens de uma, três e cinco canetas.
A dose máxima do Ozempic para tratamento de diabetes tipo 2 é 1 mg semanal, enquanto a do Wegovy é 2,4 mg. Já o Mounjaro apresenta dose inicial de 2,5 mg por semana, com doses de manutenção (após quatro semanas da dose anterior) são 5 mg, 10 mg e 15 mg semanais.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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