Comparativo: observe Cyberpunk 2077 rodando em Switch, PS4, PS4 Pro e Xbox Series S
Avaliou-se Cyberpunk 2077 em quatro consoles e o Switch 2, que impressionou com o uso de DLSS. Verificou-se sua posição em relação ao desempenho e à res…

Testes recentes da Digital Foundry avaliaram o jogo Cyberpunk 2077 em quatro sistemas distintos: Switch 2, PlayStation 4, PS4 Pro e Xbox Series S.
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Os testes forneceram informações sobre o desempenho da GPU e da CPU, em diferentes situações, e auxiliam na avaliação da posição da nova geração portátil da Nintendo em relação aos concorrentes diretos e indiretos.
A análise do jogo foi realizada considerando sequências internas padronizadas, além de sessões de jogo em áreas com alta densidade gráfica e uso intenso de processador, como a movimentada região de Kabuki, em Night City.
GPU: Switch 2 ultrapassa o PS4 e se aproxima do Pro, contudo, a Series S mantém a liderança.
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O principal benefício do Switch 2 reside na incorporação do DLSS, tecnologia que emprega inteligência artificial para reconstruir a imagem em alta definição, mesmo a partir de resoluções mais reduzidas. Isso possibilitou ao console alcançar uma média de 32% superior em resolução em diversos testes em comparação com o PS4, preservando boa qualidade visual.
Já no comparativo com o PS4 Pro, o Switch 2 demonstrou desempenho mais instável: em certas cenas, iguala-se ao modelo mais potente da geração anterior da Sony; em outras, fica por trás. As disparidades se devem tanto à resolução quanto ao tipo de upscaling utilizado. TAA no caso dos consoles PlayStation versus DLSS na Switch 2.
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A Xbox Series S mantém vantagem evidente em desempenho gráfico. No modo de desempenho, a resolução média foi 73% superior à da Switch 2. A Microsoft ainda visa 60 fps, enquanto a Switch 2 atinge até 40 fps nesse modo.
O Switch 2 precisa ser capaz de executar jogos da Series S, porém com algumas modificações.
A análise entre o Switch 2 e a Series S recebeu maior destaque após um comentário da desenvolvedora Virtuos, no qual o engenheiro Eoin O’‘Grady afirmou que a nova plataforma da Nintendo é capaz de receber ports de jogos da Series S com certa facilidade. Contudo, a declaração necessitou de uma retificação subsequente.
Ao mencionar que jogos de 60 fps na Series S poderiam ser adaptados facilmente para a Switch 2, Eoin se referia à facilidade de adaptação da arquitetura. Isso não significa manter os mesmos 60 fps no novo hardware.
As tecnologias como DLSS auxiliam, porém cada jogo dependerá do gênero, otimização e metas de desempenho. Títulos muito dependentes da CPU, com física avançada ou sistemas complexos de inteligência artificial, podem necessitar de mais ajustes.
CPU: desempenho similar à geração passada.
A unidade de processamento da Switch 2 emprega núcleos ARM Cortex A78C, com frequência na faixa de 1 a 1,1 GHz – valores modestos, porém adequados dentro do consumo de energia de aproximadamente 20 W. Nos testes, o console mais recente superou o PS4 padrão, porém ficou atrás do PS4 Pro, cuja CPU Jaguar opera com clocks mais elevados.
O equilíbrio do jogo reside no desempenho de leitura e streaming de dados. Enquanto o PS4 e o Pro ainda utilizam HDDs mecânicos de 5400 rpm, a Switch 2 conta com armazenamento rápido, o que assegura transições mais fluidas e reduz gargalos em áreas movimentadas de Night City.
A Series S apresenta, sem discussão, o emprego de núcleos Zen 2, que proporcionam maior velocidade, estabilidade em 30 fps e desempenho consistente em 60 fps na maior parte do tempo.
Consumo e eficiência também entram na equação.
Outro aspecto avaliado foi o consumo de energia das plataformas. A Series S pode atingir até 80 W em carga máxima, enquanto a Switch 2 apresenta um consumo significativamente inferior. Isso demonstra que, apesar da Nintendo não oferecer potência bruta elevada, a eficiência do sistema é alta.
Apesar da menor contagem de pixels, o uso do DLSS possibilita que o Switch 2 apresente imagens visualmente semelhantes às da Series S em títulos mais elaborados, como se viu em Street Fighter 6, conforme os testes da Digital Foundry.
Quais insights os testes de desempenho evidenciaram além das médias.
A análise detalhada dos testes da Digital Foundry revela informações que transcendem os dados de resolução e taxa de quadros. O desempenho da Switch 2 demonstra surpresas, mas também aponta seus limites reais, sobretudo ao ser comparada com a PS4 Pro e a Series S em configurações de alto desempenho.
Uma das informações mais significativas é que a Switch 2 frequentemente funciona na resolução máxima permitida pelo DLSS, alcançando 1080p no modo dock. Isso implica que, diferentemente da Series S, ela não possui espaço para aumentar a qualidade, o que restringe a reconstrução de imagem por meio do DLSS em certas cenas.
Em testes de desempenho, a diferença no volume de pixels processados é notável: a Series S alcança até 73% mais resolução média, mantendo 60 fps enquanto a Switch 2 oferece 40 fps.
Em situações complexas, como na região de Kabuki, observa-se 26 fps na Switch 2 em comparação com 57 fps na Series S, evidenciando um descompasso que demonstra gargalos da CPU no modelo da Nintendo.
A PS4 Pro apresenta um upscaling notável, alcançando resoluções superiores à da Switch 2 em diversas cenas. Em um dos trechos, o console da Sony atinge 1188p, enquanto a Switch 2 registra 936p. Isso ocorre mesmo com a Pro utilizando TAA, um método menos avançado em comparação com o DLSS, porém com menor demanda computacional.
A exceção (e também o ponto mais intrigante) reside em títulos como Street Fighter 6, onde a Switch 2 oferece qualidade de imagem superior à Series S, utilizando apenas 25% da quantidade de pixels. Nesse caso, o DLSS demonstra sua força, reconstruindo a imagem de maneira mais eficiente do que o FSR2 empregado no console da Microsoft.
A análise dos testes indica que, apesar de possuir hardware mais recente e tecnologias como o DLSS, a Switch 2 necessita de ajustes precisos entre a resolução, a taxa de quadros e a utilização da CPU.
A Series S continua com vantagem em potência bruta, enquanto a PS4 Pro ainda demonstra maior estabilidade, apesar de sua arquitetura mais antiga.
Quais os dados realmente indicam?
A Switch 2 não é um equivalente direto à Series S, mas consegue competir com PS4 e PS4 Pro com certa folga em alguns jogos, graças ao DLSS. A CPU, ainda que limitada, é suficiente para muitos títulos da geração atual, desde que bem otimizados.
A nova geração da Nintendo pavimenta o caminho para versões atualizadas, com adaptações técnicas e metas de desempenho modificadas. O próximo desafio significativo será, inclusive, Star Wars Outlaws, já confirmado para a plataforma, que representará o teste definitivo para a viabilidade dessa nova fase em jogos multiplataforma no Switch.
Fonte: Digital Foundry
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Fonte por: Adrenaline
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.