O vírus do papiloma humano (HPV) é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais prevalentes globalmente. Acredita-se que quase todas as pessoas sex…
O papilomavírus humano (HPV) é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais prevalentes em nível global. A exposição ao vírus ocorre em quase todas as pessoas sexualmente ativas, geralmente meses ou anos após o início da atividade sexual. A resposta do sistema imunológico elimina a infecção na maioria dos casos, porém, em algumas situações, o HPV de alto risco persiste e pode levar a alterações celulares que podem progredir para o câncer. Ele é responsável por cerca de 5% dos casos da doença em escala mundial.
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No Brasil, o câncer de colo do útero é o mais associado ao vírus e ocupa a terceira posição entre os tumores mais frequentes em mulheres, sem incluir os de pele não melanoma. As demais neoplasias causadas pelo HPV ocorrem nas regiões da orofaringe, do ânus e dos órgãos genitais.
Especialistas consideram que o vírus está relacionado ao aumento dos casos de câncer de cabeça e pescoço no país. “Por muito tempo, o tabagismo foi considerado o principal fator de risco para os tumores nesta região”, afirma o Ministério da Saúde, que ressalta que esse hábito está diminuindo no país, enquanto os casos de câncer de orofaringe têm crescido, principalmente entre os jovens.
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A transmissão do HPV ocorre primariamente por meio de relações sexuais, não exclusivamente com penetração. O vírus pode ser transmitido pelo sexo oral ou pelo contato direto da pele com mucosas de uma pessoa infectada.
O HPV é um grupo composto por mais de 200 tipos de vírus. Uma parcela dele é transmitida por contato sexual e categorizada como de baixo e alto risco para o câncer. Dentre os 14 subtipos de alto risco, dois – 16 e 18 – são responsáveis por 70% dos tumores associados ao HPV. Os vírus de baixo risco não provocam câncer, mas podem causar verrugas nos órgãos genitais, no ânus, na boca e na garganta.
A vacinação é a principal forma de prevenção, sendo recomendável que seja realizada preferencialmente antes do início da atividade sexual ou da possibilidade de infecção pelo vírus. O uso de preservativos não elimina completamente o risco de transmissão.
A vacina está disponível na rede pública para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, além de homens e mulheres até 46 anos que convivem com o HIV, realizaram transplantes ou estão em tratamento contra o câncer. Nas clínicas particulares, está disponível para pessoas de 9 a 45 anos, a critério médico.
Por Nora Ferreira
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.