Como identificar os sinais de que seu intestino precisa de auxílio e como selecionar um probiótico

As fibras e compostos não digeríveis fornecem nutrição para as bactérias benéficas do intestino, juntamente com os probióticos.

31/08/2025 4:48

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Como identificar os sinais de que seu intestino precisa de auxílio e como selecionar um probiótico
(Imagem de reprodução da internet).

Diarreia crônica, constipação, gases, inchaço e desconforto abdominal indicam que há um problema no intestino. Esses sintomas, cada vez mais frequentes em indivíduos com hábitos alimentares desregulados, sugerem um possível desequilíbrio da microbiota intestinal e, nesse contexto, os probióticos representam um auxílio. Contudo, é necessário atenção: a seleção não deve ser feita de forma impulsiva ou somente com base em indicações gerais.

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Probióticos são microrganismos vivos que, quando ingeridos em quantidades adequadas, proporcionam benefícios à saúde. No entanto, sua eficácia depende da indicação correta, conforme apontam especialistas. “O uso regular sem uma avaliação específica não é recomendado”, alerta Louise Deluiz Verdolin Di Palma, gastroenterologista do Hospital Samaritano Barra, no Rio de Janeiro.

Não são todos os probióticos iguais. Cada cepa age de maneira distinta no organismo e, por isso, deve ser prescrita de forma individualizada, considerando os sintomas de cada paciente. “Muitas pessoas acham que é só ir à farmácia e pegar qualquer caixa. Isso é um erro”, afirma Di Palma.

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Quando existe um desequilíbrio na flora intestinal — o que os médicos denominam disbiose —, é comum o paciente apresentar sintomas como diarreia, constipação, gases e dor abdominal. Nesses casos, os probióticos podem ser úteis, mas somente se forem selecionados de maneira adequada. “Existem diretrizes médicas com indicações específicas de cepas conforme o problema”, explica Di Palma.

Para constipação, empregam-se o Bifidobacterium lactis e o Lactobacillus acidophilus. Já para diarreia e recuperação após o uso de antibióticos, o ideal é optar por Saccharomyces boulardii ou o Lactobacillus rhamnosus GG, que auxiliam na restauração da microbiota e na diminuição da duração dos sintomas.

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Izabela Guimarães Dias Cavalcante, nutricionista do CEPARH e especialista em nutrição clínica, ressalta que a seleção das cepas deve ser feita com base na queixa principal. “É preciso ter uma avaliação prévia de um profissional capacitado, que vai definir a combinação certa e a dose necessária”, afirma.

A forma de apresentação do probiótico também interfere na eficácia. Segundo Di Palma, tanto cápsulas quanto sachês utilizam técnicas para proteger as bactérias da acidez do estômago. No entanto, estudos apontam que cápsulas de liberação retardada tendem a garantir maior taxa de sobrevivência das cepas até o intestino.

Cavalcante ressalta que a cápsula vegetal é a alternativa mais estável. “Ela assegura que as cepas cheguem íntegras ao intestino e controla melhor a umidade”, declara. Contudo, reconhece que o sachê pode ser mais adequado para crianças e idosos com dificuldade de deglutição, ainda que sua estabilidade seja inferior.

“Essas bebidas contêm poucos lactobacilos vivos, além de conterem muito açúcar”. Ela recomenda que esses alimentos sejam usados como complemento de uma dieta equilibrada, mas não como substitutos dos suplementos probióticos prescritos.

Além dos probióticos, existem os prebióticos, fibras e compostos não digeríveis que servem de alimento para as bactérias benéficas do intestino. “Alimentos como cebola, banana, alho, raiz de chicória e alho-poró são ricos em prebióticos”, orienta Palma.

Já os simbióticos são a combinação dos dois: probióticos + prebióticos. “Eles potencializam os benefícios, pois além de inserirmos as bactérias boas, também fornecemos o alimento ideal para que elas se desenvolvam”, explica Cavalcante.

Apesar de serem seguros para a maioria dos indivíduos, os probióticos devem ser evitados por grupos específicos. Di Palma adverte que “neonatos prematuros e pessoas imunocomprometidas correm maior risco de infecções, ainda que raras, devido à presença de microrganismos vivos”, sendo a orientação médica fundamental.

Pesquisas também indicam uma relação promissora entre o uso de probióticos e benefícios à saúde mental. “Há cepas que atuam no eixo intestino-cérebro, influenciando neurotransmissores como a serotonina”, explica a gastroenterologista. Uma das cepas citadas por ela é a Lacticaseibacillus rhamnosus KY16, que demonstrou impacto positivo em casos de depressão. Outra, a Lactobacillus plantarum 286, foi associada à redução de ansiedade em modelos animais.

Cavalcante acrescenta que existem indícios de que essas cepas também diminuem marcadores inflamatórios em transtornos como depressão, TDA e transtorno bipolar, podendo ser incorporadas como tratamento complementar. “Mas sempre com acompanhamento médico e nutricional”, ressalta.

Apesar das diversas opções, especialistas concordam que a alimentação equilibrada é o principal caminho para a saúde intestinal. “Uma dieta rica em fibras, frutas, vegetais, grãos integrais e alimentos fermentados já promove um bom equilíbrio da microbiota”, ressalta Palma.

Cavalcante complementa que o efeito é potencializado com atividade física regular e sono de qualidade. “A suplementação só entra quando, mesmo com esses cuidados, a pessoa continua com sintomas”, diz.

Antes de adquirir um probiótico na farmácia, o ideal é buscar orientação profissional. Isso porque a escolha do produto inadequado pode ser ineficaz e até mesmo desperdiçar uma oportunidade de promover a saúde intestinal e seus benefícios.

Descubra como otimizar o funcionamento do intestino com orientações de profissionais.

Fonte por: CNN Brasil

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