Como a família de Rafael Miguel esteve envolvida no caso retratado na série?
A série “O Assassinato do Ator Rafael Miguel” começa a ser exibida no streaming.

A segunda parte da série documental “O Assassinato do Ator Rafael Miguel” será exibida na plataforma de streaming HBO Max nesta quinta-feira (7). Com três episódios (lançados semanalmente), a produção busca apresentar o crime e a investigação em torno de Paulo Cupertino, com depoimentos de Isabela Tibcherani Matias, filha do assassino e, na época do crime, namorada do ator de “Chiquititas”.
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A série, além do ponto de vista de Isabela, apresenta o relato de amigos de Rafael e indivíduos que estiveram envolvidos com o assassino. A participação da família, contudo, não ocorre com narrativas inéditas.
Em 9 de junho de 2019, Rafael faleceu após ser vítima de disparo de arma de fogo. Seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma da Silva, também foram atingidos e não resistiram. Paulo Cupertino recebeu sentença de 98 anos de prisão pelo crime.
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Para narrar a história, em sua maioria, com base nos relatos da irmã mais velha de Rafael Miguel, Camilla Miguel, foram empregados arquivos de entrevistas realizadas por ela em anos anteriores.
Na entrevista à CNN, a equipe da obra detalhou a participação da família do artista na série da Max.
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O produtor Fernando Dias afirmou que conversaram bastante com a família dele, mas respeitaram quando eles também não desejavam uma participação tão intensa na série.
O projeto tem mais de dois anos; inicialmente, após conversarmos com a Isa, entramos em contato com a família do Rafa algumas vezes e eles não demonstraram interesse em participar. Estavam bastante traumatizados devido à grande quantidade de matérias sensacionalistas sobre o caso, complementou o diretor, Mauricio Dias.
Com o tempo, conversamos com o advogado da família, que, aliás, é um personagem importante no filme. Respeitamos o desejo deles de não participarem da série, mas eles conhecem a produção, deram autorização para que nós, não há nada escondido deles.
A série propõe uma nova perspectiva sobre o crime que abalou o Brasil, conforme afirma Adriana Cechetti, diretora de produção sênior para conteúdos de Não-Ficção da Warner Bros. Discovery.
“Não se trata de uma reportagem jornalística. É justamente esse novo ângulo que faz a diferença”, pontuou a profissional. O acesso de Isabela foi o que definiu o tom do projeto. “A série passou a ser contada sob a perspectiva dela, de uma vítima, testemunha de tudo, e acompanhamos até o julgamento. Isso trouxe outro sentido à narrativa”, explicou Cechetti.
A série também se propõe a revelar aspectos pouco explorados da trajetória de Isabela antes do crime. “Ela chegou a viver em cárcere privado por meses com o pai. Queremos que o público entenda quem é essa menina que nunca quis ser famosa, nunca quis estar nas redes, mas foi arrastada para esse lugar”, destacou Mauricio Dias.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.