Comitiva do governo Lula chega ao Rio de Janeiro após megaoperação policial com 120 mortes

Comitiva do governo Lula, liderada por Macaé Evaristo e Anielle Franco, visita o Rio de Janeiro para acompanhar desdobramentos de megaoperação policial.

30/10/2025 12:05

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Comitiva do governo Lula visita Rio de Janeiro após megaoperação policial

Uma nova comitiva do governo Lula (PT), composta pelas ministras dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, e da Igualdade Racial, Anielle Franco, chega ao Rio de Janeiro nesta quinta-feira (30) para acompanhar os desdobramentos da megaoperação policial nos Complexos da Penha e do Alemão, que resultou em pelo menos 120 mortes.

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Durante a visita, os representantes federais irão até a Penha, na zona norte, acompanhados de parlamentares. A Serra da Misericórdia, que liga as duas comunidades, foi o local do principal confronto, onde foram encontrados ao menos 72 corpos. A comitiva inclui os deputados federais do Rio de Janeiro Pastor Henrique Vieira (Psol), Talíria Petrone (Psol), Tarcísio Motta (Psol), Chico Alencar (Psol) e Reimont (PT), que preside a Comissão de Direitos Humanos na Câmara Federal.

Reunião e vistoria no IML

A agenda prevê uma vistoria no Instituto Médico Legal (IML) e uma reunião com a presença das ministras, parlamentares e mais de 20 organizações de direitos humanos, intitulada “Rio Sem Chacina”, que ocorrerá na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), às 18h.

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O encontro visa a criação de um gabinete de crise sobre segurança pública no estado.

A iniciativa é uma colaboração entre o mandato da deputada estadual Dani Monteiro, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj, a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados, liderada pelo deputado Reimont (PT-RJ), e os ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania e Igualdade Racial.

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Acolhimento às famílias e denúncias de violações

Nas redes sociais, a ministra Anielle Franco destacou que a prioridade é o acolhimento das famílias afetadas pela violência, além de retomar os serviços públicos interrompidos desde terça-feira (28). Ela ressaltou que a luta diária é pela redução das desigualdades e pela criação de oportunidades para todos.

Familiares de vítimas da operação denunciam graves violações de direitos humanos e execuções sumárias. A comitiva de parlamentares também acompanhará os procedimentos periciais no IML junto às famílias. O advogado Guilherme Pimentel, coordenador técnico da Rede de Atenção a Pessoas Afetadas pela Violência de Estado (RAAVE), afirmou que a intervenção do governo federal é essencial para evitar mais “derramamento de sangue” no Rio de Janeiro.

Demandas por responsabilidade do Estado

Pimentel defende que a intervenção federal é necessária para interromper o uso político da violência, afirmando que o massacre foi uma manobra antecipatória das eleições de 2026. A RAAVE, composta por mães de vítimas de violência estatal, busca nacionalizar as políticas públicas voltadas para essas famílias.

Ele enfatiza que o Estado brasileiro deve responder perante a comunidade internacional por esse crime contra a humanidade, e que as instituições federais precisam assumir a responsabilidade de garantir acolhimento imediato a todas as pessoas afetadas pela violência.

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.