O grupo formado pelo governo brasileiro para negociar as tarifas comerciais norte-americanas já realizou, pelo menos, 27 reuniões desde sua criação até a última sexta-feira (1º).
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Do total, três reuniões foram com empresas americanas, das quais uma contou com a participação do governo dos Estados Unidos.
As reuniões do Comitê Interministerial de Negociação e Contra Medidas Econômicas e Comerciais contaram com a participação de 162 representantes públicos, 225 representantes privados e 123 entidades privadas (empresas, associações, federações), conforme informações da CNN.
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O comitê foi estabelecido após o anúncio da tarifa americana de 50% sobre as importações brasileiras, em 9 de julho. O colegiado substituiu o grupo de trabalho criado em março entre o Brasil e os EUA, quando as negociações envolviam uma tarifa adicional com alíquota de 10%.
Após 9 de julho, o vice-presidente Geraldo Alckmin realizou duas reuniões com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, conforme informado pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve conversar com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent. A reunião ainda não tem data definida, mas o chefe da pasta econômica declarou que estaria aberto a uma reunião presencial.
A proposta da ligação entre Haddad e Bessent era preparar um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente norte-americano, Donald Trump. Na última sexta-feira (1º), o presidente dos EUA declarou que o petista poderia contatar o líder americano a qualquer momento.
Redução de 50%
Aproximadamente 700 produtos não estão sujeitos à alíquota de 50% aplicada às exportações para o Brasil, representando 44,6% das exportações brasileiras destinadas a esse país. Dentre os itens isentos, destacam-se aviões, celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro.
A projeção do MDIC indica que a tarifa adicional de 50% afetará 35,9% das exportações brasileiras destinadas aos Estados Unidos, com aplicação a partir de 6 de agosto.
Adicionalmente, 19,5% das exportações brasileiras para os EUA estão sujeitas a tarifas específicas, aplicadas a todos os países. No caso de autopeças, por exemplo, a alíquota é de 25%, aplicável a todas as origens.
Petróleo, café e aeronaves: principais produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos.
Fonte por: CNN Brasil
