Comissão Parlamentar Mista investiga e busca ouvir parentes de “Careca do INSS” e de Maurício Camisotti

Apresentação de pedidos decorrente da rejeição de empresários à comissão; o conselho realizará votações na terça-feira (16).

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(Imagem de reprodução da internet).

A CPMI do INSS deve se reunir na terça-feira (16) para examinar pedidos de convocações de familiares e associados dos empresários Maurício Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes, também conhecido como “Careca do INSS”.

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A sessão de votação foi agendada após os dois empresários, detidos na sexta-feira passada (12), se negarem a prestar depoimento na CPI. No sábado (13), uma decisão do ministro André Mendonça, do STF, determinou que ambos não precisassem comparecer ao comitê.

A solicitação de notificação visa Tânia Carvalho dos Santos, cônjuge de “Careca do INSS”, que supostamente realizou transações financeiras questionáveis, e Romeu Carvalho Antunes, herdeiro do empresário.

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Os parlamentares também desejam ouvir a esposa de Camisotti, Cecília Montalvão Simões, sócia do marido em empresas que estariam envolvidas no esquema de descontos de aposentados e pensionistas.

Rubens Oliveira Costa e Milton Salvador de Almeida Júnior, dois sócios do “Careca do INSS”, também estão sendo alvo de solicitações.

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A comissão também deve decidir sobre a convocação do advogado Nelson Wilians. Ele foi objeto de buscas e apreensões na sexta-feira (12), em São Paulo. O Ministério da Justiça solicitou a prisão do advogado, porém o STF não concedeu a autorização.

“Os advogados possuem prerrogativas. No entanto, no caso de Nelson Wilians, compreendemos com muita clareza que existem diversos indícios que necessitam ser esclarecidos, incluindo a movimentação financeira e outras questões,” declarou o presidente do CPI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), em coletiva de imprensa no Senado.

Conforme Viana, as convocações visam a todos com vínculo causal com a apuração do INSS. A pretensão é conduzir todas as oitavas, na função de testemunhas, na quinta-feira (18).

A pauta da CPMI foi definida nesta tarde em reunião liderada por Viana, com a presença de representantes da oposição e do governo, do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), e do vice-presidente da comissão, deputado Duarte Jr. (PSB-MA).

Ninguém está formalmente sob investigação. A CPMI não possui informações sobre quaisquer dos indivíduos citados como testemunhas. Há dados dessas pessoas como testemunhas. Assim, nenhuma, dentro da legalidade, pode recusar.

De acordo com a cúpula da CPMI, também é prioritário receber e analisar relatórios de quebras de sigilo já aprovados. A intenção é que, mesmo que testemunhas ou convocados não compareçam à comissão, os parlamentares consigam embasar o relatório final com os dados dos quebras de sigilo.

Fonte por: CNN Brasil

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.

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