A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS deve prosseguir com a próxima semana, começando com o depoimento do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi na segunda-feira (8).
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O plenário foi instalado em 20 de agosto, com foco na análise de depoimentos de especialistas e participantes das investigações. Foram ouvidas representantes da Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Defensoria Pública da União, além do advogado Eli Cohen.
A comissão também prevê as oitivas dos empresários Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, em 15 de setembro, e de Maurício Camisotti, em 18 de setembro. Ambos são alvos de investigação da PF.
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Outros ex-ministros da Previdência e ex-presidente do INSS também devem ser ouvidos pela comissão, que já aprovou vários requerimentos.
A reunião com a presença de Lupi, na segunda-feira, é aguardada em particular pela oposição, que pretende associar as irregularidades no INSS ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Lupi exerceu a chefia da pasta entre janeiro de 2023 e maio de 2025, período em que detinha o ministério, fato ocorrido após a denúncia de um esquema de fraudes envolvendo benefícios para aposentados e pensionistas, divulgada em abril. Ele permaneceu na função por mais de uma semana após a revelação.
A nomeação de Wolney Queiroz, ex-deputado e então secretário executivo da pasta, foi realizada.
A CNN informou que Lupi está com “consciência e alma tranquilas” para integrar a comissão. Após deixar o governo, Lupi reassumiu a função de presidente nacional do PDT.
Por consenso entre a oposição e o governo, a participação de ex-ministros e, posteriormente, de ministros em atividade será restrita a convites, e não a convocações, quando essa presença se tornar necessária.
A Comissão Parlamentar de Inquérito foi estabelecida para apurar o esquema bilionário de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. No total, as entidades responsáveis pelos descontos teriam arrecadado um valor estimado em R$ 6,3 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024. O caso veio à tona em abril, após operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União.
Fonte por: CNN Brasil