A CPMI do INSS ouvirá Ahmed Mohamad Oliveira Andrade, antigo ministro, e analisará requerimentos sobre quebra de sigilo.

Oliveira exerceu a presidência do INSS de novembro de 2021 a março de 2022, e posteriormente liderou o Ministério do Trabalho e Previdência de março a dezembro de 2022, no governo de Jair Bolsonaro (PL).

A primeira etapa da reunião da CPMI, antecedendo a oitiva, será dedicada à análise de 406 pedidos de acesso. Dentre eles, figuram a quebra de sigilo bancário e fiscal de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS; do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”; do empresário investigado Maurício Camisotti; e do ex-ministro Carlos Lupi.

A investigação de quebra de sigilo e as solicitações ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) abrangem, além de sócios e dirigentes de associações, entidades e consultorias empresariais, também ex-diretores do INSS.

O testemunho de hoje é alvo de pedidos para a quebra do sigilo bancário e fiscal; solicitação de registros de visitas na Câmara dos Deputados; e também de RIFs (Relatórios de Inteligência Financeira) do ex-ministro e de sua filha, Yasmin Ahmed Hatheyer Oliveira.

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Depoimento

Será a segunda participação de um ex-ministro em audiência. Na segunda-feira (8), a CPMI conduziu a declaração de Carlos Lupi, que exerceu a gestão da Previdência até maio deste ano. A sessão se prolongou até a madrugada.

A presença de ministros e ex-ministros será mediante convites formalizados e aprovados, e não por intimação.

A CPMI analisa fatos ocorridos a partir de 2015. Oliveira é servidor da carreira do INSS. Anteriormente à sua gestão, exerceu o cargo de diretor de Benefícios do INSS e também foi superintendent do INSS em São Paulo, no período de agosto de 2016 a maio de 2021.

Ele foi nomeado ministro, sucedendo Onyx Lorenzoni, que também será ouvido pela comissão.

Em 2022, com a saída de Onyx e outros oito ministros de Bolsonaro para as eleições, Oliveira assumiu o cargo.

Oliveira entrou para o INSS por concurso público, em julho de 1985. Ele começou a trabalhar no então denominado INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), que se transformou no INSS em 1990. Na esfera política, durante licença do INSS, atuou como suplente e, posteriormente, vereador por São Paulo, no período de 2008 a 2012.

Outras exigências

A agenda de itens em tramitação ainda contempla pedidos de informação a órgãos públicos e múltiplas solicitações de registros de visitas de Maurício Camisotti na Câmara e do “careca do INSS” em diversos órgãos, como o Banco Central, a Secretaria-Geral da Presidência e o TCU (Tribunal de Contas da União).

Fonte por: CNN Brasil