A comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga as fraudes no INSS aprovou na quinta-feira 4 o rastreamento das visitas de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, ao Congresso Nacional.
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Conforme esta decisão, os arquivos do Senado devem ser datados a partir de 2011, e os registros da Câmara dos Deputados a partir de 2015. A comissão deseja ter acesso às gravações das câmeras de segurança do Senado.
Também foi decidido que a Polícia Federal deverá fornecer à CPMI informações sobre as viagens internacionais e os carros apreendidos de Antunes.
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Ademais de Antunes, nove outros indivíduos terão seus acessos ao Congresso Nacional analisados. Trata-se de pessoas que supostamente estão relacionadas à Associação de Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB) e à Associação de Aposentados e Pensionistas dos Regimes Gerais da Previdência Social (AAPPS Universo), ambas em processo na Controladoria-Geral da União (CGU).
As ações estão previstas em oito requerimentos aprovados pela CMPI nesta quinta-feira. Os requerimentos foram apresentados por parlamentares que compõem a comissão, entre eles o senador Izalci Lucas (PL-DF). Ele criticou o sigilo que teria sido aplicado aos registros de idas de Antunes no Senado. A CPMI determinou que a Casa deverá explicar a justificativa do sigilo.
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Outros tipos de fraudes
Adicionalmente, a CPI aprovou diversos dispositivos (totalizando 56, incluindo os já mencionados). Dentre eles, estão os que propõem a expansão das atividades da CPI, visando apurar outros esquemas criminosos relacionados ao uso de recursos do INSS.
Solicitações de informações
Além disso, entre os requerimentos aprovados, foram feitos pedidos de informações sobre três entidades que estão sob investigação:
A Controladoria-Geral da União, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público Federal deverão informar à comissão dados que possuam sobre as fraudes.
Adicionalmente, foram aprovados requisitos que visam verificar se as organizações fraudulentas eram administradas por indivíduos que não estavam na lista de sócios autorizados (REQ 1.063/2025 – CPMI INSS e REQ 1.064/2025 – CPMI INSS).
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS é presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG).
Fonte por: Carta Capital