Comissão Europeia avalia a possibilidade de exclusão dos EUA da Organização Mundial do Comércio, segundo o presidente da comissão
Bernd Lange, do Parlamento Europeu, afirma que existem “discussões” sobre o tema na OMC, sem saber se é “legalmente possível”.
O presidente da Inta (sigla para Comissão de Comércio Internacional) do Parlamento Europeu, Bernd Lange, afirmou que existiam “algumas discussões” sobre a possibilidade de os Estados Unidos serem excluídos da OMC (Organização Mundial do Comércio).
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“Não tenho certeza se será legalmente possível”, declarou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta 5ª feira (24.jul.2025). “Eles [EUA] bloquearam, no último mês, pela 86ª vez, a indicação para o mecanismo de apelações. E, então, o mecanismo continua sem juízes. Além disso, não pagam há cerca de 2 anos o dinheiro que deviam dar para a OMC”, disse.
Lang declarou que “o mundo mudou” e não voltará a ser como era antes de Donald Trump (Partido Republicano) iniciar seu segundo mandato na Casa Branca, em janeiro deste ano.
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Portanto, precisamos ser muito cuidadosos para proteger o sistema multilateral de comércio. É claro que os Estados Unidos são importantes. Mas somente a Europa é responsável por 15% do comércio global. E estamos comprometidos com a Organização Mundial do Comércio e queremos reformar essa organização e estabilizá-la.
Ele defende que a Europa deve estabelecer uma rede de parceiros confiáveis e oferecer segurança para investimentos. “Isso é crucial, ou o comércio global vai ficar paralisado”, afirmou.
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O ministro citou a taxa de 50% aplicada pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. Alegou que o Brasil está sendo “atacado” e propôs a criação de “uma frente comum contra a política ilegal e injustificável” do presidente norte-americano.
Trump está utilizando as tarifas não como uma medida econômica, mas como arma de pressão política. Há esta nova investigação, por meio da seção 301, dos EUA contra o Brasil, sobre regulação digital e com outros elementos, em que está claro que é um uso coercitivo das tarifas.
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O Brasil manifestou-se na quarta-feira (23.jul) contra as tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos em reunião do Conselho Geral da OMC, que ocorreu em Genebra, na Suíça. Na ocasião, o governo brasileiro abordou a questão do “Respeito ao sistema multilateral de comércio baseado em regras”.
O comunicado, lido pelo embaixador Philip Fox-Drummond Gough, contou com o apoio de aproximadamente 40 membros da organização, entre os quais China, Índia, Rússia (países do Brics), União Europeia, Canadá e Austrália.
O Brasil classificou as tarifas americanas como arbitrárias, com risco de “lançar a economia global em uma espiral de preços altos e estagnação”. Segue a íntegra do comunicado, em inglês (PDF – 275 kB).
As medidas infringem os princípios fundamentais da OMC, incluindo a não discriminação e o tratamento da nação mais favorecida, e prejudicam a coerência jurídica e a previsibilidade do sistema multilateral de comércio.
O Brasil reiterou que dará prioridade à diplomacia e à negociação. Contudo, declarou que, em caso de falha nas negociações, o país buscará todos os meios legais disponíveis para proteger sua economia, incluindo o sistema de solução de controvérsias da organização.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.












