Comissão da Câmara Investiga Escândalo da Criptomoeda $LIBRA na Argentina
A Comissão da Câmara que apura o escândalo envolvendo a criptomoeda $LIBRA na Argentina chegou à conclusão de que o presidente Javier Milei teria desempenhado um papel “imprescindível” na suposta fraude. O comitê, que é liderado pela oposição, indicou que tanto Milei quanto sua irmã, Karina, teriam contribuído, por meio de ações e omissões, para a fraude, o que os tornaria responsáveis politicamente.
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A comissão sugere que o Congresso investigue se o presidente cometeu “mau desempenho no exercício de suas funções”. O relatório final, assinado por 14 dos 28 membros da comissão, afirma: “Sem a promoção feita pelo presidente Javier Milei em sua conta oficial, o projeto $LIBRA não teria atingido o volume de compras registrado”.
Além disso, o comitê ressalta que o presidente não acionou mecanismos de controle nem consultou órgãos técnicos antes de divulgar a criptomoeda.
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Queixa-Crime e Colapso da Criptomoeda
A comissão também decidiu apresentar uma queixa-crime contra funcionários do poder Executivo que não cooperaram com a investigação. A criptomoeda $LIBRA foi divulgada por Javier Milei em fevereiro, e logo após a publicação no X, seu valor disparou para US$ 5.
No entanto, poucas horas depois, o preço caiu para menos de US$ 1.
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Após o colapso, o post foi removido do perfil de Milei no X. O presidente afirmou que não estava ciente dos detalhes do projeto e decidiu não continuar promovendo-o. No dia seguinte, a Presidência da Argentina informou que Milei se reuniu com representantes da empresa responsável, que apresentaram um projeto de financiamento de empreendimentos privados por meio da tecnologia blockchain.
O comunicado da Presidência destacou que o presidente compartilhou a publicação em seu perfil pessoal, como faz com outros empreendedores que buscam lançar projetos na Argentina. A nota negou qualquer envolvimento do presidente com a criptomoeda.
