No Brasil, aproximadamente 47 milhões de adultos não empreendedores desejam iniciar o próprio negócio nos próximos três anos. Os dados são do Monitor Global de Empreendedorismo, pesquisa conduzida pelo Sebrae em colaboração com a Anegepe. Esse número corresponde a uma intenção real de empreender, embora poucos tenham consciência dos desafios e decisões que a trajetória exige desde o início.
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Elton Matos, diretor da Airlocker, rede de armários inteligentes, atua no setor há mais de duas décadas e argumenta que escutar aqueles que já passaram pelo início do caminho é uma das estratégias mais eficazes para evitar erros comuns. “Mentorias, palestras e trocas de experiência com quem já superou os obstáculos iniciais são fundamentais para quem está começando”, ressalta.
Princípio 1: Cada negócio necessita solucionar uma questão concreta.
A compreensão da dor do cliente que o negócio se propõe a resolver é mais importante do que o produto em si. Essa clareza define o valor a ser percebido e sustenta a proposta no mercado. “Converse com potenciais clientes, identifique lacunas, analise concorrentes e encontre um diferencial”, afirma o empresário. “Nenhum negócio sobrevive sem propósito claro e utilidade comprovada.”
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Princípio 2: Cometer erros é inevitável – o que realmente importa é agir prontamente.
Erros ocorrem, principalmente no começo. O aprendizado reside na maneira como o empreendedor lida com o erro e converte a experiência em ação. “É preciso desenvolver uma visão estratégica e aprender a agir com rapidez, pois os desafios são constantes”, observa Elton.
Princípio 3: Identificar o público-alvo é fundamental para tomar decisões rápidas.
Compreender o cliente ideal e seus hábitos e comportamentos possibilita decisões mais assertivas e eleva as probabilidades de êxito. “Exercer a escuta ativa é uma competência fundamental. Quanto mais você conhece seu cliente, melhor será sua tomada de decisão”, ressalta.
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Princípio 4: Gerenciar as finanças é uma prioridade desde o início.
A mistura de contas pessoais com o caixa da empresa é um erro frequente e arriscado. O controle diário dos custos, despesas e receitas auxilia na manutenção da viabilidade do negócio. “A ausência de organização financeira está entre as principais causas de falência. Por isso, contar com apoio contábil especializado e manter uma rotina de controle desde o início pode assegurar a saúde do negócio”, conclui.
Aprender com essas verdades e se preparar com base em experiências reais pode diferenciar quem abandona no início de quem constrói um negócio com potencial de crescimento e sustentabilidade.
Fonte por: Carta Capital