Com pré-campanha à Presidência, Zema reduz a importância dos atos de 8 de Janeiro, propõe anistia e busca se distanciar de Bolsonaro

O governador de Minas Gerais participou do programa “Roda Viva” da “TV Cultura” na segunda-feira.

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(Imagem de reprodução da internet).

O governador de Minas Gerais e pré-candidato à Presidência pelo partido Novo, Romeu Zema, assegurou na segunda-feira, 25, que seguirá na disputa pelo Planalto em 2026.

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Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o mineiro descartou a possibilidade de compor uma chapa como candidato a vice.

Em meio às especulações e pressões para a definição do nome que representará a extrema-direita na disputa contra Lula (PT), o político afirmou esperar que haja diferentes candidaturas nesse espectro político, e que todos se unam apenas em um segundo turno.

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Se a direita tivesse só um candidato, com toda a certeza o governo Lula-PT iria direcionar toda sua artilharia contra esse candidato. Tendo vários, ele já enfrenta essa dificuldade extra. A chance de esses candidatos conseguirem levar seus votos para o segundo turno, fazer uma migração, é muito maior do que se só houvesse um candidato.

Zema buscou projetar uma imagem de posição intermediária, ainda que tenha assegurado anistia e indulto a Jair Bolsonaro (PL) e aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado, reiterando o discurso bolsonarista sobre “perseguição” do judiciário. Ele reduziu a importância do dia 8 de Janeiro.

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Idealizar algo é diferente de tentar [um golpe]. Opino que sequer houve. Pode ter havido uma idealização. Totalmente. Sou um democrata, quero deixar isso claro. Defendo a democracia, fui eleito pelo voto, confio no nosso sistema. Agora parece que está havendo um grande exagero em toda essa questão.

Para defender sua postura, recorreu a analogias. “Se você me desse agora um cheque de 100 mil reais para eu levar para uma instituição de caridade, seria uma atitude nobre da sua parte. Na hora em que eu fosse entregar para a instituição você me liga e fala: ‘Romeu, não entrega não que eu mudei de ideia’. Você fez a benfeitoria ou não? Acho que você não fez”, questionou a jornalista Bertha Maakaroun, do Estado de Minas, que compunha a bancada. A profissional rejeitou a comparação, destacando que, em caso de golpe bem-sucedido, ninguém seria julgado.

Relação com os Bolsonaro

Em diversos momentos de sua participação no programa, Zema foi questionado acerca do relacionamento com a família Bolsonaro. Apelidado de “rato” por Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro pelo PL e filho de Jair, o governador mineiro lançou mais uma comparação para assegurar que não se sentiu ofendido.

Nós, do lado direito, estamos cientes que isso foi feito em momento de grande pressão, o pai está sendo julgado, que há perspectiva difícil para a família em termos políticos; alguns podem ter seus direitos políticos cassados – espero que não. Tudo isso aflora nesses momentos e nós temos de compreender. Eu sou, acima de tudo, humano. Se uma criança que perdeu a mãe está dando birra, você vai ter mais compreensão com ela, sabendo que ela está sofrendo.

Em outra ocasião, declarou que nunca acompanhou Bolsonaro em campanhas eleitorais, restringindo-se a manifestar apoio no segundo turno de 2022. Desconsiderou, assim, o apoio expresso antecipadamente às vésperas do primeiro turno de 2018, quando, em debate na Globo, incentivou o ex-capitão enquanto seu partido ainda possuía uma candidatura ao Planalto (João Amoedo). A afirmação resultou em repreensão pública do Novo nas redes sociais – a publicação permanece ativa nas redes sociais do partido quase sete anos depois.

O apoio evidente na ocasião impulsionou a candidatura de Zema, que se encontrava em terceiro lugar nas pesquisas. Ele alcançou a primeira posição e foi eleito em segundo turno contra Antonio Anastasia (PSDB).

Minha ligação com ele [Bolsonaro] não é tão grande como alguns alardeiam. Temos, sim, propostas em que acreditamos e estamos de comum acordo. Dizer que sempre caminhei com ele, quem sabe da minha vida, analise perfeitamente que nunca estivemos no mesmo partido, e disputando eleições em primeiro turno lado a lado.

Fonte por: Carta Capital

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