Collor afirma que descarga da tornozeleira foi “incidente involuntário”

Ex-presidente se adaptava aos novos procedimentos, segundo advogados envolvidos no episódio. Leia no Poder360.

27/10/2025 16:15

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(Imagem de reprodução da internet).

A defesa de Fernando Collor declarou, na segunda-feira (27.out.2025), que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente apresentou uma falha devido a “informações truncadas”, solicitando a manutenção da prisão domiciliar humanitária. A comunicação foi direcionada ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, em resposta à solicitação de um relatório sobre o monitoramento.

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A decisão foi tomada após o Supremo Tribunal Federal receber, com cinco meses de atraso, um comunicado sobre a falha no monitoramento. Um relatório do governo de Alagoas informou que o dispositivo ficou desligado entre 2 e 3 de maio, devido à falta de carga na bateria.

Detalhes da Falha no Monitoramento

Segundo a defesa, o desligamento ocorreu no dia seguinte à instalação da tornozeleira, durante o período em que Collor se adaptava aos novos procedimentos e rotinas de acompanhamento. “Não há qualquer razão para se cogitar que o peticionante descumpriria intencionalmente as medidas cautelares no primeiro dia”, afirmaram os advogados.

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A defesa alega que Collor foi informado de que a tornozeleira estava com a bateria totalmente carregada e que, em caso de necessidade, seriam emitidos sinais sonoros e luminosos. A petição relata que, no final de 3 de maio, foi notificado sobre a bateria esgotada.

A defesa afirma que o descarregamento ocorreu poucas horas após a instalação e que, ao perceber a baixa carga, Collor recarregou a tornozeleira para restabelecer o acompanhamento em tempo real.

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Collor relata não se lembrar de sinais luminosos ou sonoros indicando a falta de bateria, pois teria carregado o equipamento prontamente.

Contexto da Prisão Domiciliar

Em 2023, Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo desvios na BR Distribuidora. Ele iniciou o cumprimento da pena em 25 de abril e, em 1º de maio, foi beneficiado com a prisão domiciliar humanitária pelo ministro Alexandre de Moraes, considerando suas doenças e comorbidades.

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.