O ex-chefe do tráfico mexicano Ismael “El Mayo” Zambada declarou em um tribunal dos EUA que ordenou assassinatos e enviou milhões de quilos de cocaína durante suas décadas de liderança no violento cartel de Sinaloa.
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Zambada, 75, foi condenado à prisão perpétua após se declarar culpado em um tribunal federal no Brooklyn pelas acusações de envolvimento em uma conspiração de extorsão e de administrar uma organização criminosa contínua, que, segundo os promotores, era responsável por abastecer os Estados Unidos com cocaína, heroína e fentanil.
Essas acusações derivaram de seu papel ao liderar o cartel do Sinaloa ao lado do traficante Joaquin “El Chapo” Guzmán, que está cumprindo pena de prisão perpétua em uma prisão de segurança máxima no Colorado.
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“Eles cometeram assassinatos brutais e inundaram nosso país com drogas”, declarou a Procuradora-Geral Pam Bondi aos repórteres. “Seu reinado de terror chegou ao fim. Ele nunca mais sairá livre.”
Zambada aceitou se declarar culpado após o Departamento de Justiça afirmar que não buscaria a pena de morte para ele.
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Zambada usava uma camiseta azul, do fornecimento da prisão, sobre uma camisa laranja de mangas compridas e andava com uma leve dificuldade ao entrar no tribunal do juiz distrital dos EUA, Brian Cogan, que contava com a presença de membros da Agência de Repressão às Drogas e outras agências policiais dos EUA.
Com cabelos brancos e barba extensa, ele sorriu para seus advogados de defesa antes de se declarar culpado.
Zambada, em tom baixo, informou ao intérprete de espanhol uma trajetória criminosa que, segundo ele, teve início quando cultivou uma planta de maconha em 1969, aos 19 anos.
Ele declarou que o cartel de Sinaloa, por meio de sua direção, movimentava mais de 1,5 milhão de quilos de cocaína, gerando centenas de milhões de dólares anualmente. Zambada afirmou que o cartel corrompia políticos e autoridades policiais mexicanas para garantir a segurança de suas drogas e que ordenava o assassinato de rivais por parte de homens armados sob seu comando.
“Muitas pessoas inocentes também morreram”, disse Zambada, lendo rapidamente uma declaração preparada em espanhol. “Peço desculpas a todos que sofreram ou foram afetados por minhas ações.”
Zambada foi detido em julho de 2024 após o avião em que viajavam aterrissar em uma pista pequena no Novo México.
O México enviou mais de 60 indivíduos suspeitos de pertencer a cartéis para os Estados Unidos neste mês, enquanto o presidente Donald Trump intensifica a pressão sobre o México para desmantelar as organizações criminosas poderosas do país.
O México declarou ter obtido assegurações do Departamento de Justiça de que não pretende buscar a pena de morte para eles.
Fonte por: CNN Brasil