CNPE autoriza reavaliação de Angra 3: estudos retomados

Governo analisa decisão sobre retomada da usina nuclear; futuro da energia controversa permanece incerto.

01/10/2025 11:12

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(Imagem de reprodução da internet).

Retomada de Angra 3 é Definida pelo CNPE

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou nesta quarta-feira (1º) uma resolução que estabelece a retomada dos estudos para a continuidade da usina nuclear Angra 3, envolvendo a Eletronuclear e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A decisão representa um marco importante para o setor energético brasileiro.

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Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), os estudos a serem realizados devem considerar, em primeiro lugar, a manutenção dos termos do acordo já existente entre a Eletrobras e a ENBPar, com a participação de um parceiro privado. O objetivo é concluir o empreendimento utilizando exclusivamente recursos públicos, provenientes do BNDES e da União.

Um detalhamento completo dos custos de abandono do projeto também será avaliado, incluindo uma análise dos impactos financeiros para todas as partes envolvidas. Essa avaliação é crucial para determinar a viabilidade econômica da retomada da usina.

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Custos e Viabilidade do Projeto

Um estudo do BNDES revelou que o investimento necessário para finalizar Angra 3 é comparável ao custo de interromper a obra. O valor estimado para a conclusão é de R$ 23 bilhões, enquanto o custo para desistir do projeto é de R$ 21 bilhões.

Detalhes sobre os Custos de Abandono

Os custos de um possível abandono incluem pagamentos de dívidas com instituições financeiras, multas contratuais, indenizações para fornecedores e o ressarcimento de benefícios fiscais já obtidos. A análise minuciosa desses elementos é fundamental para uma tomada de decisão informada.

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Minerais e Impacto no PIB

A exploração de minerais críticos pode impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do país, com um potencial aumento estimado em R$ 243 bilhões até o ano de 2050. Essa perspectiva adiciona ainda mais relevância ao debate sobre o futuro energético do Brasil.

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.