CNI: Taxas extras de Trump elevam para 78% as exportações brasileiras para os EUA
De acordo com um monitoramento, 45,8% do universo apresentou tarifas de 40% ou 50%.

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 6, pela Confederação Nacional da Indústria indica que 77,8% das exportações brasileiras para os Estados Unidos estão sujeitos a alguma tarifa adicional definida por Donald Trump. O acompanhamento se fundamenta em informações da United States International Trade Commission.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
De acordo com a entidade, 45,8% apresentaram tarifas de 40% ou 50% dentro desse universo de 77,8%.
A taxa de 50% de tarifas afeta 7.691 produtos de diversos setores, representando 41,4% da pauta exportadora brasileira para os Estados Unidos. Em 2024, a exportação desses bens totalizou 17,5 bilhões de dólares.
Leia também:

Empresários brasileiros nos EUA são informados que tarifas são “problema político”

Diretor de investimentos do BID demonstra otimismo em relação à COP30

Haddad demonstra preocupação com projeto que simplifica a destituição do chefe do Banco Central
O setor de transformação, principal segmento exportador para os Estados Unidos, respondeu por 69,9% desse valor, com 7.184 produtos impactados, totalizando 12,3 bilhões de dólares no ano anterior.
Os segmentos que sofreram maior impacto com a sobretaxa de 50% são: Vestuário e acessórios (14,6%), Máquinas e equipamentos (11,2%), Produtos têxteis (10,4%), Alimentos (9,0%), Químicos (8,7%) e Couro e calçados (5,7%).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ao estabelecer a alíquota de 50% sobre as exportações para o Brasil, Trump isentou aproximadamente 700 produtos, aos quais se aplica apenas uma taxa de 10%. As isenções, segundo a CNI, concentram-se principalmente na indústria extrativa, que responde por 68,9% dessas exportações. Trata-se, por exemplo, do petróleo.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.