CNI projeta crescimento de 1,8% na economia brasileira em 2026, com desafios e expectativas para a indústria e Selic.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresenta projeções otimistas para o crescimento da economia brasileira em 2026, prevendo um aumento de 1,1% no Produto Interno Bruto (PIB) industrial e uma expansão geral da economia de 1,8%. Essas estimativas acompanham a avaliação da CNI de que a taxa básica de juros, a Selic, permanecerá em um patamar restritivo, o que pode limitar o ritmo de crescimento do país.
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A confederação disponibiliza os detalhes completos em formato PDF (400 kB e 4 MB). As projeções são baseadas na análise da CNI de que a Selic, atualmente em um patamar elevado, continuará a impactar negativamente o investimento e o consumo, especialmente nos setores de bens duráveis, que são sensíveis ao crédito.
Em dezembro de 2025, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB brasileiro cresceu 2,7% no acumulado de 12 meses até o terceiro trimestre. Essa taxa de expansão representa uma desaceleração em relação ao segundo trimestre de 2021, quando a expansão anual foi de 2,4%.
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A CNI estima que o crescimento do PIB deve atingir 2,5% em 2025, mas prevê uma desaceleração para 1,8% em 2026, devido à continuidade dos efeitos dos juros reais elevados.
A CNI destaca que a indústria de transformação continuará sendo afetada por essa situação, com a concorrência das importações pressionando a produção doméstica. A construção civil, por outro lado, pode se beneficiar de estímulos governamentais, embora ajustes pontuais comecem a ter efeito em janeiro de 2026.
A indústria extrativa manterá um nível de produção elevado, embora não apresente o mesmo crescimento forte de 2025. A inflação, que perdeu força ao longo de 2025, com a taxa anualizada do IPCA caindo para 4,46% e voltando para a meta, deve desacelerar ainda mais em 2026, projetada em 4,1% pela CNI.
A confederação acredita que o ciclo de cortes na Selic só começará em 2026, com a taxa Selic recuando para 12% ao ano no final do ano, ainda em um cenário contracionista.
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.