CNI: Indústria da construção registra queda acentuada em setembro

Índice de atividade do setor encolhe 3,5 pontos em agosto, atingindo 46 pontos – menor nível desde 2016.

23/09/2025 16:35

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(Imagem de reprodução da internet).

Expectativas da Indústria da Construção Voltam a Piorar em Setembro

As expectativas dos empresários da indústria da construção voltaram a apresentar sinais negativos em setembro, refletindo o cenário econômico do país. Essa situação se confirma com os dados divulgados nesta terça-feira (23) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), em parceria com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

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O Índice de Expectativas de Compras de Matérias-Primas para os próximos seis meses caiu 0,4 ponto, de 49,8 pontos para 49,4 pontos. Paralelamente, o índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços recuou 0,9 ponto, de 50,1 pontos em agosto para 49,2 pontos. O índice de números de empregados diminuiu em 0,6 ponto, de 50,8 pontos para 50,2 ponto, e o índice de expectativa de nível de atividade contraiu 0,7 ponto, de 51,4 pontos para 50,7 pontos.

Apesar dessa deterioração, a intenção de investir cresceu 1,1 ponto no mês, para 41,1 pontos, representando um aumento em relação aos três meses anteriores de queda. Essa elevação, no entanto, não foi suficiente para reverter o recuo total de 3,5 pontos, que levou o índice a 40 pontos em agosto, seu menor nível desde abril de 2023 (39,8 pontos).

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O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (Icei) também apresentou melhora, crescendo 1,2 ponto, para 47 pontos. Segundo a CNI, “Com a alta, o ICEI se aproximou da linha divisória dos 50 pontos, mas segue abaixo dela, o que revela que os empresários seguem com falta de confiança, mas esta se tornou menos intensa e disseminada entre os empresários da construção”.

Em agosto, o índice de evolução do nível de atividade do setor encolheu 3,5 pontos em relação a julho, para 46 pontos, o menor nível para o mês desde 2016. No período, o índice de evolução do número de empregados no setor também caiu, 3,8 pontos, para 46,3 pontos – o menor resultado para o mês dos últimos sete anos. Segundo Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, “A elevação da taxa de juros vem trazendo, progressivamente, problemas para a indústria da construção, tanto pelo encarecimento do crédito para investimentos quanto pela perda de ritmo da demanda”.

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A UCO (utilização da Capacidade Operacional) recuou 2 pontos porcentuais, para 66%, nível inferior ao observado em agosto dos últimos três anos. A situação reflete o impacto da política monetária restritiva na atividade do setor da construção.

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Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.