CNI: Indústria busca crédito para sustentabilidade, porém a regulação representa um obstáculo
Presidente da SB COP30 argumenta que o financiamento climático deve ser encarado como uma chance de investimento para envolver o setor privado.

De acordo com levantamento da Nexus, realizado para a CNI, a maioria dos industriais brasileiros deseja obter financiamento para iniciativas sustentáveis.
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De todos os entrevistados, 22% afirmaram “sim, com certeza” em relação ao interesse por uma linha de crédito para investir em ações sustentáveis em seus setores, e 44% responderam “sim, provavelmente”.
No entanto, o ambiente regulatório é percebido como um obstáculo ao progresso da agenda sustentável. Ao serem perguntados se as políticas públicas brasileiras têm favorecido ou dificultado os investimentos da indústria em sustentabilidade e transição para uma economia de baixo carbono, 31% responderam que as têm dificultado e 12% que as têm dificultado muito. Destas respostas, 1% mencionaram muito favorecimento e 11% que indicaram favorecimento.
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O estudo solicitado pela CNI tem como objetivo direcionar os esforços da entidade em relação à COP30, a Cúpula do Clima da ONU, que será realizada em novembro, na capital do Pará, Belém.
A Confederação lidera o SB COP30, aliança global do setor privado composta por empresas, instituições e parceiros de todo o mundo para coordenar os debates sobre a agenda ambiental.
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A pesquisa revelou que 75% dos industriais consideram a COP30 como uma oportunidade para o setor melhorar sua imagem, e 77% a identificam como uma chance para o país expandir suas exportações.
Contudo, entre os principais obstáculos identificados na agenda de transição ecológica, a pesquisa aponta para o alto custo de tecnologias sustentáveis, a ausência de incentivos ou políticas públicas específicas, a complexidade regulatória e burocrática, além da carência de financiamento ou crédito direcionado.
O financiamento climático foi uma das principais questões debatidas na última COP, que ocorreu em Baku, Azerbaijão. A discussão realizada, no entanto, não alcançou os resultados almejados.
A CNI, em uma análise global, constatou que existem divergências nas opiniões sobre como a transição ecológica será financiada.
Países desenvolvidos, países menos desenvolvidos e pequenos Estados insulares necessitaram de maior ênfase nas recomendações de mitigação, com menção explícita ao distanciamento dos combustíveis fósseis; países em desenvolvimento argumentaram que o diálogo deveria se concentrar nos meios de implementação, com foco em financiamento por parte das nações mais ricas.
Ricardo Mussa, presidente da SB COP30, manifestou que o Brasil apresenta dificuldades para atrair investimentos devido ao risco cambial do país e às particularidades do cenário brasileiro, consideradas complexas de serem compreendidas no exterior.
Para que a pauta avance entre as empresas, Mussa ressaltou que é necessário abordar o financiamento climático mais como uma oportunidade de negócio do que como uma questão de filantropia.
Com os parceiros do setor privado no exterior, o empresário relata que buscou se afastar da discussão sobre a necessidade de os desenvolvedos tivessem que arcar com os custos e concentrou-se no fato de que o financiamento climático precisa apresentar um retorno, sendo encarado como uma oportunidade de investimento para o setor privado.
Mussa argumenta que a COP30 representa uma oportunidade de implementar, na prática, o funcionamento das soluções debatidas, afastando-as do âmbito teórico e do papel.
A inteligência artificial, as mudanças climáticas e a demografia devem criar 78 milhões de novos empregos até 2030.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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