CNI aponta que alta tarifa impacta o setor agro e a população de apoio a Bolsonaro,
A projeção indica que a guerra comercial deverá causar a perda de 110 mil empregos no Brasil.

Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, divulgada na quarta-feira 16, indica que a política de tarifas de Donald Trump pode causar a perda de 110 mil empregos no Brasil, com maior impacto no setor agropecuário.
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Os dados também apontam que quatro dos cinco estados com maior tendência a quedas expressivas em seus Produtos Internos Brutos são governados por bolsonaristas.
A CNI utiliza dados de órgãos oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e da Universidade Federal de Minas Gerais.
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As cifras surgem uma semana após Trump anunciar uma alíquota de 50% sobre importações de produtos brasileiros. A pesquisa estima que a disputa comercial reduzirá o PIB do Brasil em 0,16% (-19,2 bilhões de reais).
Na região em questão, os estados que apresentam maior declínio no Produto Interno Bruto tendem a ser:
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Apenas Leite deixa o bolsonarismo entre os cinco governadores.
A implementação das políticas de Trump pode resultar na perda de 110 mil empregos. As reduções tendem a ser mais significativas no setor agropecuário (-40 mil), no comércio (-31 mil) e na indústria (-26 mil).
Os números demonstram que esta política é um prejuízo para todos, sobretudo para os americanos, avalia o presidente da CNI, Ricardo Alban. “É do interesse de todos avançar nas negociações e sensibilizar o governo americano da complementariedade das nossas relações. A racionalidade deve prevalecer.”
A Confederação ressalta que a alíquota de 50% é desproporcional: o Brasil aplicou uma taxa média de 2,7% às importações de produtos dos Estados Unidos em 2023, conforme dados da Receita Federal.
A CNI afirma que as tarifas implementadas pela Casa Branca em relação a diversos parceiros comerciais, como a China (30%), causarão impactos negativos na economia global e nos Estados Unidos.
A nova tarifa deve ser implementada a partir de 1º de agosto, de acordo com o anúncio do governo norte-americano. Contudo, o governo brasileiro trabalha por meios diplomáticos para impedir que a Casa Branca siga com esse plano.
Ao anunciar a taxa, Trump utilizou informações imprecisas: descontextualizou o processo envolvendo Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal e apresentou um suposto déficit na balança comercial com o Brasil.
A realidade contrasta com o discurso do republicano. Em 2024, o Brasil importou mais dos Estados Unidos do que exportou, resultando em um superávit de 253 milhões de dólares para os norte-americanos. Dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior indicam que, desde 2009, o Brasil apresenta déficits comerciais com os EUA, totalizando 90,2 bilhões de dólares até junho deste ano.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.