A CNI (Confederação Nacional da Indústria) criticou na terça-feira (10.jun.2025) as propostas do governo para elevar taxas e solucionar o impasse do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A organização afirmou que as ações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não proporcionam equidade tributária.
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O crédito se tornará ainda mais oneroso. Em última análise, o consumidor arcará com isso. É inaceitável continuar adiando esta situação. O Brasil necessita, com urgência, de uma reforma que promova justiça tributária efetiva, afirmou Ricardo Alban, presidente da confederação, em um comunicado à imprensa.
Alban também declarou que o setor já está “sofocado” pelas taxas de juros cobradas em empréstimos. Veja o documento completo da posição (PDF – 248 kB).
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A confederação exige a destinação de recursos financeiros para obras que promovam reduções de despesas. Até o momento, as propostas apresentadas geram efeito apenas no aumento da receita.
É necessário elevar os impostos sobre jogos online, seguir em frente com a reforma administrativa, administrar de forma mais eficiente os gastos públicos, além de promover a modernização das leis trabalhistas.
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O IOF enfrenta dificuldades persistentes, gerando debates sobre sua eficácia e impacto na economia.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou o IOF com o objetivo de obter R$ 41 bilhões em 2026, medida considerada prejudicial por vários grupos políticos e econômicos.
A reação negativa ao aumento do IOF levou Haddad a negociar alternativas com o Congresso. Na prática, se a proposta fosse rejeitada, o governo teria que congelar ainda mais recursos públicos. Isso foi apresentado aos parlamentares como uma necessidade de apresentar novas medidas fiscais.
A solução adotada consiste em elevar novos impostos por meio de medida provisória, projeto de lei complementar ou PEC (Proposta de Emenda à Constituição). Todos os mecanismos necessitam de aprovação do Congresso.
A Warren Investimentos estima que a receita bruta, sem considerar repasses, aumentará em R$ 44 bilhões em 2026.
Entretanto, o decreto do IOF ainda se mantém – porém com algumas alterações. As perdas se reduzem a cerca de R$ 6 bilhões em 2025 e R$ 12 bilhões em 2026.
A Power360 elaborou uma reportagem que detalha as mudanças decorrentes das medidas apresentadas pelo governo. Consulte o resumo no infográfico abaixo.
Fonte por: Poder 360