Expectativa de alta nos preços da carne bovina em 2026, segundo a CNA. Redução na oferta e desafios internacionais podem impactar o mercado interno
A carne bovina deve sofrer um aumento de preço em 2026, conforme a projeção divulgada nesta terça-feira (9) pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). O relatório apresenta um balanço do setor agropecuário de 2025 e as perspectivas para o próximo ano.
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A CNA destaca que a significativa participação de fêmeas no abate em 2025, que corresponde a 49,9% do total, deve resultar em uma redução na oferta de animais. Essa situação tende a pressionar os preços tanto da arroba quanto da carne para o consumidor.
Segundo as informações apresentadas, os abates de bovinos aumentaram 5,6% até o terceiro trimestre de 2025, com um crescimento de 3,8% na produção de carne bovina. Esse movimento reflete a fase final do ciclo pecuário, caracterizada pelo maior descarte de matrizes.
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Para 2026, a CNA prevê uma queda de 4,5% na produção de carne bovina, o que deve impactar os preços no mercado interno e aumentar a competitividade de carnes alternativas, como frango e suíno.
O cenário internacional pode intensificar essa pressão. A China, que é responsável por cerca de metade das exportações brasileiras de carne bovina, está conduzindo uma investigação que pode resultar em novas salvaguardas. Se o país asiático decidir impor restrições, o setor poderá enfrentar incertezas adicionais.
Esse desafio surge em um momento em que a oferta de animais no Brasil tende a diminuir, o que pode afetar as margens de lucro e as estratégias de escoamento da produção no setor.
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.