Plano prevê percentuais crescentes das receitas do clube destinados aos credores, iniciando com 4% no primeiro ano.
O Corinthians ofereceu à Justiça um novo plano de pagamento para uma parcela de suas dívidas, no valor de R$ 190 milhões. A proposta prevê percentuais progressivos das receitas do clube destinados aos credores nos próximos anos. As informações foram divulgadas pelo site Globo Esporte nesta segunda-feira (21.jul.2023).
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O valor vigente foi confirmado pelo administrador judicial, estando abaixo dos R$ 367 milhões que o clube inicialmente desejava parcelar em 10 anos. A nova proposta se segue à rejeição do primeiro plano, que destinava apenas 4% das receitas recorrentes para o pagamento dos credores listados no RCE (Regime Centralizado de Execuções).
O Corinthians rejeitou a proposta de cession de 20% das receitas, percentual solicitado pelos credores. A adesão ao Regime de Crédito Especial representa uma tentativa do clube paulista de organizar suas finanças e evitar os bloqueios de valores em contas bancárias que ocorreram nos últimos anos.
A dívida abrange valores em aberto com empresários, fornecedores e atletas com direitos de imagem. O pacote não abrange débitos fiscais nem o financiamento da Neo Química Arena junto à Caixa Econômica Federal.
Para receitas recorrentes, como direitos de TV e contratos de patrocínio, o Corinthians alocará 4% no primeiro ano, 5% no segundo e 6% a partir do terceiro ano. Quanto às receitas provenientes da venda de jogadores, os percentuais serão de 5% no primeiro ano, 6,5% no segundo e 8% nos anos seguintes.
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O clube definiu categorias distintas para os credores. Os “credores parceiros” que persistirem em prestar serviços ou fornecerem suporte ao clube após a solicitação do RCE receberiam 35% da receita recorrente destinada ao Regime Centralizado de Execuções.
Há também uma classe de “credores preferenciais”, que engloba idosos, pessoas com doenças graves e gestantes, entre outros, que receberia 25% dos valores. Em um cenário hipotético apresentado pelo clube, essas percentagens seriam aplicadas considerando pagamentos mensais de R$ 3 milhões.
As revisões financeiras das dívidas serão com taxas distintas. Para credores comuns, preferenciais e parceiros, utilizar-se-á a taxa Selic. Para credores aderentes, a correção será pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
A proposta requer aprovação do Tribunal de Justiça para garantir sua validade. Paralelamente, o Corinthians firmou acordo na Comissão Nacional de Resoluções de Disputas da CBF para quitar cerca de R$ 76 milhões de dívidas com clubes, empresários e atletas. O primeiro pagamento previsto para a semana passada ainda não foi realizado pelo clube.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.