Cláudio Castro investiga 124 mortes no Complexo da Penha: cena de horror e desespero

Megaoperação na Penha-RJ causa cenas de desespero com 124 mortos. Moradores removem corpos da Serra da Misericórdia e denunciam falta de contagem precisa

29/10/2025 13:24

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(Imagem de reprodução da internet).

Cena de Desespero no Complexo da Penha com Centenas de Corpos

O Complexo da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, apresentou uma cena chocante nesta quarta-feira, com um número crescente de vítimas da megaoperação policial. Moradores da região passaram a noite removendo corpos encontrados na mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, e os transportando até a Praça São Lucas.

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No local, dezenas de corpos foram dispostos lado a lado, cobertos por panos, em um ato de desespero que visava facilitar o reconhecimento e denunciar a possível magnitude do número de mortos, em desacordo com informações oficiais. Até o início da manhã, foram contabilizados cerca de 60 novos corpos, elevando o total para 124, um número que marca a ação como a mais letal da história do estado.

O governador Cláudio Castro declarou que a contagem precisa do número exato de mortos ainda não pode ser realizada, pois a confirmação ocorre após a chegada dos corpos ao Instituto Médico Legal (IML) ou a hospitais. A TV Globo informou que pelo menos seis corpos também foram levados ao Hospital Getúlio Vargas.

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O ambiente na praça era marcado pelo silêncio, quebrado apenas pelo choro e pela revolta dos presentes, enquanto familiares buscavam entre as vítimas seus entes queridos. Uma moradora, ao reconhecer o filho, se ajoelhou e expressou sua indignação: “Como pode destruir tantas famílias, tantas vidas?

E ficar por isso mesmo?”. Outro residente, visivelmente abalado, relatou: “Nunca vi isso”.

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Testemunhas relataram que um dos homens teria se entregado à polícia antes de ser morto: “Ele levantou as mãos, todo mundo viu”, afirmou uma delas. O ativista Raull Santiago, que acompanhou as buscas, publicou um vídeo expressando sua indignação: “Não estou achando palavras.

Estou com nojo. A ficha está começando a cair”.

A repercussão da cena nas redes sociais foi de grande comoção e divergência de opiniões. Usuários expressaram sua tristeza e indignação diante da situação. Um internauta comentou: “São vidas… pais, filhos, irmãos… era família de alguém”.

Outra usuária lamentou: “Apesar dos filhos escolherem a vida errada… mãe é mãe”.

Houve também manifestações de preocupação com a ocorrência de vítimas inocentes: “Com certeza tem gente que não tinha nada a ver morrendo no meio disso”. Em meio ao caos, houve pedidos por paz e justiça.

“Que Jesus tenha misericórdia desses seres”, publicou um usuário. Enquanto o debate se intensifica e o luto se espalha, a comunidade da Penha continua questionando o número total de vidas perdidas e a responsabilidade por tantas perdas.

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.