Estudo investigou a eficácia de fármacos como Olire, Saxenda, Wegovy e Mounjaro em relação à cirurgia bariátrica, buscando determinar qual método propor…
Em relação ao tratamento da obesidade, abordagens como a cirurgia bariátrica e o uso de medicamentos, incluindo Olire, Saxenda, Wegovy e Mounjaro (análises do GLP-1), são frequentemente recomendadas. Uma pesquisa recente comparou esses métodos para determinar a maior eficácia na perda de peso.
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O estudo, publicado na revista JAMA Surgery em 2023, demonstrou que a cirurgia bariátrica oferece um tratamento mais eficaz e persistente para a obesidade grau II e III, com custos menores para os pacientes em comparação com o uso de medicamentos semelhantes ao GLP-1.
A pesquisa analisou dados de 30.458 pacientes dos Estados Unidos (2018-2023) acompanhados por pelo menos um ano. Pacientes submetidos à cirurgia bariátrica apresentaram, em média, 34 meses de acompanhamento, enquanto aqueles que utilizaram canetas emagrecedoras foram acompanhados por 32 meses.
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Os pesquisadores avaliaram parâmetros como redução do peso corporal, despesas mensais com medicamentos e cuidados de saúde, atendimentos de saúde (internações, emergências, consultas) e a presença de condições associadas, como hipertensão, apneia do sono e dislipidemia.
O estudo revelou que pacientes submetidos à cirurgia bariátrica apresentaram uma redução de aproximadamente 28,3% no peso corporal, em contraste com 10,3% nos pacientes que utilizaram medicamentos. Quase 96% dos pacientes submetidos à cirurgia mantiveram uma perda mínima de pelo menos 10% do peso, enquanto apenas 46% dos pacientes que usaram medicamentos de GLP-1 alcançaram essa meta.
Inicialmente, os custos mensais com a cirurgia foram elevados, mas diminuíram no segundo ano, ao contrário do grupo que utilizava medicamentos, que mantiveram altos custos devido ao consumo contínuo de produtos farmacêuticos.
O custo acumulado em dois anos foi de US$ 63.483 (aproximadamente R$ 336.491,55) para o grupo de medicamentos GLP-1, enquanto os pacientes operados apresentaram um custo de US$ 51.794 (cerca de R$ 274.534,02).
Após a intervenção, pacientes submetidos à cirurgia apresentaram menos internações, consultas ambulatoriais e atendimentos de urgência em comparação com pacientes que utilizaram GLP-1. Além disso, observou-se uma menor incidência de doenças associadas à obesidade, como hipertensão, apneia e dislipidemias.
Os pesquisadores defendem que a cirurgia não deve ser considerada apenas o recurso final para pacientes com obesidade de graus II e III, mas reconhecem que os medicamentos da classe dos GLP-1, como Wegovy e Mounjaro, desempenham um papel relevante e apresentam eficácia comprovada no tratamento da obesidade.
Apesar dos resultados, os autores destacam que o estudo apresenta restrições, incluindo a variação no uso de diferentes medicações GLP-1 e a falta de informações completas sobre o peso de todos os pacientes. Uma projeção recente indica que 25% dos adolescentes poderão apresentar obesidade ou sobrepeso até 2030.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.