O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não buscou dificultar a passagem para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. O parlamentar, antigo ministro da Casa Civil de Bolsonaro e responsável pela equipe de transição, declarou que o processo ocorreu “dentro da normalidade” e sem impedimentos causados pelo ex-presidente.
O presidente, em nenhum momento, buscou dificultar qualquer circunstância para que pudéssemos realizar a transição da melhor forma.
O senador foi indicado como testemunha de Bolsonaro, do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, no processo por tentativa de golpe de Estado em que são réus.
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Ciro declarou ter sido indicado por Bolsonaro para liderar a equipe de transição, durante os protestos dos caminhoneiros nas rodovias em oposição à vitória de Lula, em novembro de 2022.
A iniciativa que tomamos ocorreu durante o período da greve dos caminhoneiros, sendo necessário o seu aval para que estes cessassem o bloqueio das rodovias. Solicitei que emitisse uma declaração para dar início à transição e ele concordou com essa abordagem.
O senador afirmou que Bolsonaro apresentava sinais de depressão e problemas de saúde, devido a uma infecção bacteriana na perna, e por isso se isolou no Palácio da Alvorada durante o período, não participando da transição. Alegou que, possuindo o poder, não era necessário coordenar com o ex-presidente.
Não era necessário despachar com ele, pois ele já havia me dado a ordem. Nossa equipe transmitiu todas as informações para a equipe de Lula, liderada por Geraldo Alckmin, declarou.
O Plenário do STF iniciou, em 19 de maio, a análise dos depoimentos de testemunhas apontadas pelo núcleo central da tentativa de golpe. O Ministério Público Federal alega que o grupo foi responsável por liderar a organização criminosa.
As testemunhas de Anderson Torres, Jair Bolsonaro e Paulo Sérgio Nogueira prestaram depoimento na sexta-feira (30.mai).
As declarações das testemunhas em Torres prosseguirão na 6ª feira (30.mai). As audiências devem ser concluídas até 2 de junho. No mesmo dia, também testemunharão as testemunhas indicadas por Jair Bolsonaro, pelo ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e pelo general Walter Braga Netto, todos acusados por tentativa de golpe.
Fonte por: Poder 360