O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou, em vídeo divulgado no sábado (7), estar sendo “perseguido” pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o chamou de “covarde” na publicação.

Em dezembro passado, o Ministério Público Federal do Ceará acionou a Justiça Federal contra Ciro por ofensas a Lula em publicações nas redes sociais. Segundo a ação, o ex-presidente imputou ao petista os crimes de corrupção e peculato (apropriação de bens públicos) ao sugerir em vídeo que Lula teria recebido propina para implementar o programa “Crédito do Trabalhador”.

No vídeo citado, reproduzido nas plataformas [YouTube] e [Instagram], o interlocutor [Ciro Gomes], responsável pelas postagens, proferiu alegação comprovadamente falsa, afirmando que o Presidente da República teria se beneficiado de propina como condição para a implementação da política recente denominada “Crédito do Trabalhador”, conforme trecho da petição da AGU.

O documento apresenta a transcrição da fala de Ciro Gomes, divulgada em março: “Eu fico pensando em quanto teria sido a enorme propina para que essa imensa negociação seja anunciada. Vocês acham exagero? É que vocês não sabem, como eu, como é que nasceu o mensalão. Foram os paus mandados do Lula vendendo o cadastro de aposentados do INSS para o Banco Rural.”

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Ademais, no ato, a AGU indica ser necessário “que o imputado esclareça e detalhe as ofensas veiculadas e, através de suas explicações, possa claramente ratificar ou negar suas afirmações, assim delimitando o alcance real de suas palavras e expressões, razão pela qual a presente medida se impõe com o objetivo de melhorar sua conduta”.

Ex-ministro questiona a ação da AGU e critica Lula.

Ciro Gomes retornou às redes sociais no sábado para questionar a atuação da AGU. Em um novo vídeo, o petista alegou perseguição (“lawfare”), criticou o presidente, chamando-o de “covarde”, e fez críticas ao programa de governo.

Ciro afirma que, nos últimos anos, tem enfrentado um intenso e artificial conflito judicial, com inúmeros processos movidos por políticos ligados a agiotas que exploram o povo brasileiro. Ele ressalta que o presidente Lula, utilizando a covardia e manipulando o poder da Presidência da República, busca, através da Justiça, silenciá-lo.

“[Lula] me interpela judicialmente por suposto ataque à minha honra, mas não por calúnia, pois me daria o direito de pedir o que em direito se chama ‘exceção da verdade’, que é provar que tudo o que eu falo é a mais pura verdade. A propósito, não ofendi em nada nas minhas exposições das políticas de agiotagem do governo. São os fatos e somente eles, os fatos, que o ofenderam”, continua o ex-ministro.

A miséria é o interesse do governo Lula, dos bancos, de seus beneficiários. Não me calarei. Não podem me intimidar. Quem não tem problemas pendentes, nem pretende ser candidato a mais nada, a não ser defender o povo brasileiro, vai lutar até o último dia da minha vida, conclui Ciro.

A CNN contatou o Palácio do Planalto em relação às declarações de Ciro Gomes e aguarda resposta. O espaço permanece aberto para manifestação.

Fonte por: CNN Brasil