Ciro afirma que Bolsonaro precisa escolher um candidato até o final do ano

Possíveis Candidatos à Presidência em 2026

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, afirmou nesta terça-feira (1º de julho de 2025) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá decidir até o final deste ano quem ele pretende apoiar como candidato à Presidência da República nas eleições de 2026.

Um dos principais aliados de Jair Bolsonaro, Ciro afirmou ao Poder360 que o enfraquecimento político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ajudou a dispersar as opções da direita. Segundo ele, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tinha maiores chances de derrubar o petista no início do ano, mas outros nomes ganharam força.

A pesquisa PoderData de 3 de junho de 2025 revelou que a desaprovação ao governo Lula permanece elevada. O presidente foi desaprovado por 56% dos eleitores e aprovado por 39%. O resultado indica que a situação se deteriorou um pouco para o petista de março para junho, embora as oscilações tenham ficado dentro da margem de erro da pesquisa, de 2 pontos percentuais. As tendências mostram uma degradação contínua ao longo de 2025.

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De acordo com apuração do Poder360, essas opções estariam sendo consideradas por Jair Bolsonaro para representar a direita na disputa pelo Planalto: Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Ratinho Junior (PSD-PR) e Romeu Zema (Novo-MG). Não necessariamente nessa ordem.

O governador de São Paulo, contudo, enfrenta um dilema. É o favorito para ser reeleito em 2026, segundo pesquisas de intenção de voto. Enfrentar Lula seria um risco, que poderia prejuicar o início de sua carreira política.

“Se Tarcísio for candidato, Lula nem disputa. Eu nem duvido, tenho certeza. Lula vai inventar uma doença, alguma coisa e não vai disputar”, disse. De acordo com essa hipótese, Ciro diz que Haddad seria o nome do PT para o Planalto.

O Poder360 constatou que Bolsonaro tem mantido uma série de reuniões com atores políticos para avaliar a melhor estratégia para 2026. Há cerca de um mês, em 6 de junho, ele jantou na casa do ex-presidente da Fieesp, Paulo Skaf, no Morumbi, em São Paulo. À mesa estavam apenas três pessoas: Skaf, Bolsonaro e o ex-presidente Michel Temer.

Nesses encontros, Bolsonaro indica que deve ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal e que pode ser preso. O ex-presidente é réu por tentativa de golpe de Estado. Seu processo está em fase final e deve ser julgado em setembro. Ele também está inelegível desde 2022. Não poderá se candidatar a cargo eletivo até 2030.

Bolsonaro afirma que não designará um sucessor neste momento porque isso enfraqueceria sua influência política, tornando o indicado um alvo imediato. Contudo, o ex-presidente não oferece indicações claras sobre a preferência por alguém de sua família para concorrer à Presidência em 2026.

Fonte por: Poder 360