Ciro afirma que Bolsonaro não buscou prejudicar a transição de governo
Ex-ministro da Casa Civil declarou que a ordem para iniciar a transição visava controlar os protestos dos motoristas.

O senador e ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), declarou, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira (30), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não buscou dificultar a transição de governo após a eleição de 2022.
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Ciro testemunhou em favor do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do ex-presidente Bolsonaro, no processo que apura um suposto plano de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O senador, responsável pela coordenação da transição, declarou que manteve contato com Bolsonaro durante todo o processo e que não houve interferência ou resistência por parte do então presidente.
Nogueira comentou que algumas situações da transição, incluindo algumas que decepcionaram, como a falta de interesse em relação à situação do país, foram mencionadas. Ele afirmou que o presidente em nenhum momento quis obstaculizar qualquer tipo de situação.
O senador afirmou que a ordem para iniciar o processo foi dada diretamente por Bolsonaro, visando finalizar as manifestações e bloqueios rodoviários promovidos por caminhoneiros que se opunham ao resultado das eleições.
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Nogueira relatou que o evento ocorreu no período da greve dos caminhoneiros, quando o presidente solicitou uma declaração para que os motoristas cessassem as obstruções nas rodovias.
O ex-ministro também esclareceu que a diretriz de Bolsonaro era que a Casa Civil organizasse os protocolos e reunisse informações necessárias à transição.
Bolsonaro demonstra sinais de tristeza.
Após o resultado das eleições, Bolsonaro permaneceu isolado no Palácio da Alvorada, afirmando que o ex-presidente apresentava sinais de depressão e problemas de saúde.
Ciro afirmou: “Ele [Bolsonaro] passou por um período de depressão e enfrentou um problema de saúde na perna. Então, ele precisou se recolher por um tempo no Palácio da Alvorada e, lá, eu me dirigia sobre as observações, mas não era nada que precisasse despachar com ele porque ele já tinha me dado o comando”.
O governador de São Paulo e ex-ministro de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também testemunhou em favor do ex-presidente.
O governador declarou, durante seu depoimento, que o ex-presidente apresentava sinais de tristeza e resignação após o resultado das eleições.
Durante o período que eu acompanhei, nas visitas que realizei, nas conversas que tive, ele nunca abordou tal questão, jamais mencionou qualquer intenção de ruptura. O governador declarou que o presidente estava deprimido e aceitou a situação.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.