Cientistas Revelam Três Novas Espécies de Sapos Arborícolas na Tanzânia com Reprodução Rara
Cientistas revelam três novas espécies de sapos arborícolas na Tanzânia, que dão à luz filhotes vivos, uma adaptação rara entre os anfíbios. Descubra mais!
Cientistas Descobrem Novas Espécies de Sapos Arborícolas na Tanzânia
Recentemente, pesquisadores descreveram três novas espécies de sapos arborícolas que pulam a fase de ovo e girino. As fêmeas dão à luz em terra firme, produzindo dezenas de sapinhos, cada um com apenas alguns milímetros. Essa forma de reprodução, onde os filhotes nascem vivos, é extremamente rara entre os anfíbios.
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Das mais de 4.000 espécies de rãs e sapos conhecidas, menos de 1% são vivíparos. Os autores do estudo sugerem que essa estratégia evoluiu como uma adaptação em ambientes com acesso limitado à água, onde os sapos normalmente desovam. “A descrição dessas novas espécies é fascinante e nos ajuda a entender a flexibilidade evolutiva dos anfíbios”, comentou o Dr.
Diego José Santana, especialista em conservação do Museu Field de História Natural de Chicago.
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Classificação e Diversidade das Espécies
As três novas variedades de sapos arborícolas da Tanzânia eram anteriormente consideradas uma única espécie, Nectophrynoides viviparus. Após análises de características físicas e dados genéticos de centenas de espécimes, os cientistas determinaram que se tratavam de espécies distintas do gênero Nectophrynoides.
Essas novas espécies oferecem uma visão mais clara da diversidade entre os sapos que dão à luz filhotes vivos e podem contribuir para sua conservação. Algumas populações de Nectophrynoides estão em declínio, especialmente aquelas com áreas de distribuição menores, que são vulneráveis a desmatamento e mudanças climáticas.
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Reprodução e Características dos Sapos
Sapos que se reproduzem na água podem colocar até 20.000 ovos em uma única ninhada, mas apenas uma fração sobrevive. Em contraste, o parto vivo resulta em ninhadas menores, com cerca de 40 a 60 sapinhos. O Dr. Mark D. Scherz, autor principal do estudo, destacou que os filhotes mais desenvolvidos têm vantagens ao entrar no ambiente.
A primeira espécie de sapo vivíparo, N. viviparus, foi descrita em 1905. Esses sapos medem até 3,7 centímetros e apresentam uma variedade de cores. Desde então, mais de uma dúzia de espécies do gênero foram identificadas, com N. viviparus sendo a mais comum nas Terras Altas do Sul da Tanzânia.
Pesquisa e Desafios para a Conservação
Os pesquisadores analisaram 257 espécimes de museus e ouviram gravações das vocalizações dos sapos, que variam entre as espécies. Com base nessas análises, foram identificadas três novas espécies: N. luhomeroensis, N. uhehe e N. saliensis. O estudo também revisitou espécimes antigos para confirmar a identidade de N. viviparus.
Embora a identificação das novas espécies seja um avanço, ainda há muito a ser feito para entender a diversidade do gênero Nectophrynoides. Os habitats florestais onde esses sapos vivem estão ameaçados por atividades humanas e mudanças climáticas, com algumas espécies já extintas ou em risco de extinção.
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.












