Cientista político afirma que as investigações contra Bolsonaro são “vigorosas” e a prisão domiciliar seria uma “afronta”

Francisco Fonseca ressalta que, ao contrário da Operação Lava Jato, o caso segue o “devido processo legal” e a pena pode ultrapassar 40 anos.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe já está pronta para julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o cientista político Francisco Fonseca, as evidências do processo “são completamente vigorosas” e permitem prever uma condenação pesada. “Nós estamos na reta final, finalíssima, do processo. Um longo, volumoso processo, com muitas testemunhas e amplo direito de defesa”, afirma, em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fonseca ressalta que, ao contrário da Lava Jato, o caso segue “o devido processo legal”, razão pela qual chega ao plenário somente no segundo semestre. A estimativa do professor é que a primeira turma do STF conclua o julgamento até setembro. Se condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e associação criminosa, o ex-presidente pode receber uma pena superior a quatro décadas. “O rol de crimes é suficientemente grande para Bolsonaro pegar mais de 40 anos de prisão”, diz. Para ele, uma condenação firme do STF representará “um momento de justiça e de fortalecimento das instituições brasileiras”.

O cientista político considera essencial que a eventual punição seja cumprida em regime fechado. “A luta é para sua condenação e sua prisão no sistema prisional”. Para ele, transformar a pena em regime domiciliar feriria o senso de justiça e reforçaria privilégios. “Senão, como nós vamos justificar um milhão de presos, cujos muitos dos crimes são infinitamente inferiores aos cometidos pelo Bolsonaro?”, questiona.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fonseca também adverte sobre o risco de fuga caso não haja cerceamento. “É claro que Bolsonaro vai tentar fugir. Ele nunca foi de enfrentar”. O especialista recorda episódios nos quais o ex-mandatário buscou apoios no exterior e acredita que uma eventual monitoramento eletrônico não impediria novas investidas antidemocráticas. “Eu diria que até uma prisão preventiva seria importante”, completa, comparando o ex-presidente ao filho dele, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que “conspira contra o Brasil” nos Estados Unidos, e à deputada aliada Carla Zambelli (PL-SP), “outra fugitiva” nas palavras do cientista político.

Para audir e visualizar.

O jornal Conexão BdF vai ao ar em duas edições, de segunda a sexta-feira, uma às 9h e outra às 17h, na Rádio Brasil de Fato, 98.9 FM na Grande São Paulo, com transmissão simultânea também pelo YouTube do Brasil de Fato.

LEIA TAMBÉM!

Fonte por: Brasil de Fato

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.

Sair da versão mobile