Cidadãos chineses fraudavam a USP, se passando por doutores, para aplicar golpes de 1 bilhão de reais

Policiais apreenderam indivíduos que induziam vítimas a investir em esquemas fraudulentos de criptomoedas; a operação policial executou mandados em quat…

03/09/2025 17:37

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Cidadãos chineses fraudavam a USP, se passando por doutores, para aplicar golpes de 1 bilhão de reais
(Imagem de reprodução da internet).

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou uma organização criminosa que fraudava investidores através de uma plataforma falsa de investimento em Bitcoin. O grupo, originário de São Paulo, era composto por indivíduos de origem chinesa no centro da cidade e movimentou mais de R$ 1 bilhão no ano anterior, conforme apurado nas investigações.

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A organização foi desmantelada na quarta-feira (3), na Operação Ebdox, que atuou em Bahia, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Roraima, além do Distrito Federal. Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária – duas pessoas foram detidas. Foram apreendidos cédulas e bens de luxo.

As investigações iniciaram no ano passado, quando vítimas do Distrito Federal se juntaram em grupos de WhatsApp conduzidos por um suposto “doutor em economia na USP”. O “especialista” fornecia conselhos de investimento aos integrantes e, após ganhar a confiança do grupo, apresentou uma plataforma de investimentos “Ebdox” com promessas de aplicações com elevados retornos.

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Ao solicitar os saques na plataforma, as vítimas foram informadas de um suposto bloqueio dos valores por parte de uma força-tarefa da Polícia Federal (PF) e que seria necessário mais 5% do valor para liberação dos saques.

Após este novo pagamento da caução, os valores não foram liberados e, em seguida, a plataforma apresentou falhas técnicas, conforme investigações da polícia. Há mais de 400 reclamações de vítimas da falsa plataforma de investimentos.

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Em Taguatinga (DF), uma das vítimas obteve uma perda de mais de R$ 220 mil.

A polícia informou que os chineses utilizavam brasileiros para fraudar investidores e realizar a tradução do idioma. Existia uma estrutura rígida de monitoramento de indivíduos com catálogos, que forneciam informações em chinês aos líderes do grupo, sendo remunerados com criptomoedas.

Os recursos obtidos nos delitos eram branqueados por meio da aquisição de criptomoedas, créditos de carbono e da exportação de alimentos.

Os infratores devem ser responsabilizados pelos delitos de estelionato (fraude eletrônica), organização criminosa e lavagem de capitais.

Fonte por: CNN Brasil

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.