Cidadã brasileira é presa na Itália em relação à morte de seu ex-marido em Pernambuco

A polícia italiana deteve a brasileira Flávia Alves Musto, condenada pelo Tribunal do Júri de Paulista, em Pernambuco, na cidade de Pisa. A mulher é considerada mandante do assassinato de Isaías de Lira, que ocorreu em agosto de 2005, no bairro de Maranguape II, na Região Metropolitana do Recife.

A prisão ocorreu no sábado (13) e foi oficialmente confirmada na terça-feira (16) pela 1ª Vara Criminal de Paulista, com o apoio do Departamento de Segurança Pública da Interpol, em Roma. Flávia estava foragida desde 2019, após a obtenção de uma sentença.

Após o arresto, foi encaminhada à disposição do Tribunal de Apelação de Florença, para que este avalie o pedido de extradição.

A execução do mandado internacional foi viabilizada com a emissão de uma “Difusão Vermelha”, mecanismo de cooperação entre nações utilizado para localizar e prender criminosos fora do país. A solicitação foi feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), em coordenação com a Promotoria de Justiça do Estado de São Paulo.

Isaías de Lira foi vítima de emboscada, recebeu disparos e faleceu em 14 de agosto de 2005, após ter sido retirado de uma comunidade para uma estrada de terra em Jaguarana, município de Paulista, Região Metropolitana do Recife.

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Durante o processo, testemunhas informaram que Flávia, motivada por ciúmes e insatisfação com o término do relacionamento, havia feito ameaças à vítima em ocasiões anteriores.

O relacionamento do casal foi marcado por dois anos de conflitos, distanciamentos e ocorrências de agressão.

A acusação alega que a motivação do crime foi a recusa de Isaías em retomar o relacionamento, aliada ao estabelecimento de um novo vínculo amoroso, o que gerou raiva na ré.

O juiz Thiago Fernandes Cintra, da Vara Criminal de Paulista, está conduzindo os procedimentos de extradição em colaboração com o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional), vinculado ao Ministério da Justiça.

Fonte por: CNN Brasil