Cid sai da sede da Polícia Federal, em Brasília, após mais de duas horas de interrogatório
A Força Tarefa da Polícia Federal ouviu o militar no curso da investigação que apura o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que teria atuado para conseguir a emissão de um passaporte para Mauro Cid.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PF), deixou a sede da Polícia Federal, em Brasília, na tarde do dia 13, após mais de duas horas de depoimento.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O militar compareceu à sede da Polícia Federal, na sexta-feira (13), no âmbito da investigação que investiga o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que teria promovido a emissão de um passaporte português para Cid.
De acordo com investigadores, o relato de Cid, que se estendeu por aproximadamente duas horas, foi considerado elucidativo. Contudo, a Polícia Federal não exclui a realização de um novo interrogatório caso surjam quaisquer dúvidas.
Leia também:

Polícia Federal detém ex-ministro Gilson Machado em Recife

O Planalto Federal questiona Cid Gomes sobre o passaporte, a viagem da família aos Estados Unidos e as mensagens

Datafolha: 36% considera que Janja prejudica o governo; 14% acredita que ela o auxilia
Cid foi detido na manhã desta sexta-feira pela Polícia Federal. Em seguida, a detenção foi revertida. Questionada pela CNN, a Suprema Corte não especificou os fundamentos que motivaram o ministro Alexandre de Moraes a revogar a ordem.
A Polícia Federal deteve Gilson Machado em Recife (PE).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a instauração de inquérito contra Machado, acusando-o de obstrução de investigação de organização criminosa e favorecimento pessoal.
O pedido se fundamenta em informações da Polícia Federal de que Machado teria atuado, em 12 de maio, para obter a expedição de um passaporte português junto ao consulado de Portugal no Recife (PE) em favor do tenente-coronel Mauro Cid para viabilizar sua saída do território nacional.
Ademais, Machado conduziu uma campanha de arrecadação de doações financeiras destinada a Bolsonaro, o que também despertou a atenção dos investigadores.
Gonete afirma ao pedido da PGR ao Supremo que Machado não conseguiu emitir o documento para Cid, mas que a PF ainda acredita que ele possa buscar outras alternativas em embaixadas e consulados.
Para Gonet, essas informações suscitam suspeitas de que Machado esteja buscando obstruir a ação penal sobre a tentativa de golpe. A PGR solicitou que o ministro Alexandre de Moraes autorizasse não apenas a abertura de um inquérito, mas também a adoção de medidas de busca e apreensão.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.