O senador Cid Gomes (PSB) recusou, no último sábado, a viabilidade de apoiar seu irmão Ciro Gomes (PDT) caso este mantenha a intenção de concorrer ao governo do Ceará em 2026. A declaração, proferida em entrevista a jornalistas em Varzea Alegre, ocorre em contexto da aproximação do ex-ministro com grupos do bolsonarismo no estado, acentuando as divergências que resultaram no rompimento com Cláudia Ferreira Gomes em 2022.
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“Não consigo me imaginar ao lado do Capitão Wagner, não consigo me ver desse lado”, afirmou Cid, em referência ao segundo colocado na disputa pelo governo estadual em 2022. Opositores do governador Elmano de Freitas, Wagner, deputado federal pelo União Brasil, e André Fernandes (PL) devem estar em um palanque de Ciro.
O senador, que é aliado do atual chefe do Executivo, declarou ter ressalvas à gestão Elmano, mas prefere fazê-las de forma privada. “Roupa suja a gente lava em casa, eu procuro fazer assim. Faço minhas reclamações dentro de casa, mas o natural para mim é permanecer onde eu estou”, acrescentou Cid.
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Questionado sobre a aproximação do irmão com figuras do bolsonarismo local, o parlamentar frisou não ter sentido “mudar para se juntar ao que a gente sempre colocou como gente que tem feito mal ao Ceará”. Explicando o porquê de ter dado uma resposta longa sobre as eleições, o senador afirmou: “É meu irmão e eu devo a ti essa satisfação, Ciro. Você que está mudando de rumo”.
Na última semana, Ciro compareceu ao evento que formalizou a federação entre o União Brasil e o PP. O ex-governador do Ceará defendeu uma união “da centro-esquerda à centro-direita”, para que o Brasil saísse desse cenário, em referência ao governo Lula (PT). No mesmo dia, participou de um jantar com governadores de direita.
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Conforme apurado pela CartaCapital, o ex-ministro tem demonstrado intenções de retomar a atuação política. Em 2022, ele rejeitou a ideia de retornar à disputa eleitoral em 2026 – ano em que obteve seu pior desempenho em uma eleição presidencial, com apenas 3% dos votos válidos. Ele avalia a possibilidade de ingressar no PSDB, mas também discute uma filiação ao União.
Fonte por: Carta Capital