Cid alega que Filipe Martins não acompanhou Bolsonaro em sua viagem aos Estados Unidos

Declaração contesta o argumento da Polícia Federal para justificar a prisão preventiva do ex-assessor presidencial.

14/07/2025 17:21

2 min de leitura

Cid alega que Filipe Martins não acompanhou Bolsonaro em sua viagem aos Estados Unidos
(Imagem de reprodução da internet).

O tenente-coronel Mauro Cid afirmou na segunda-feira (14.jul.2025) que o ex-assessor presidencial Filipe Martins não viajou no voo que transportou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos Estados Unidos. A informação foi apresentada durante o depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) em Brasília.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Cid negou um dos argumentos centrais da PF para justificar a prisão preventiva de Martins, que era a alegação de que o ex-assessor acompanhou Bolsonaro na viagem de 30 de dezembro de 2022, sendo considerado um indicativo de risco de fuga.

Ao ser perguntado pela defesa de Martins por que não havia informado anteriormente aos investigadores da PF sobre o ex-assessor não estar no voo presidencial, Cid respondeu: “Porque não me foi perguntado”.

Leia também:

Compreenda a situação.

Filipe Martins foi detido em 8 de fevereiro deste ano, durante a operação Tempus Veritatis. Foi libertado em agosto de 2024 por ordem de Moraes. A defesa do ex-auxiliar presidencial sempre negou que ele tenha acompanhado o ex-presidente.

A Polícia Federal não apresentou provas definitivas dessa viagem de Martins aos Estados Unidos. Pelo contrário. A defesa do acusado apresentou evidências sobre ter ocorrido uma fraude em registros do que a PF alegava ser a entrada dele nos EUA.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A companhia aérea Latam divulgou uma nota (integral – PDF – 88 kB) confirmando que Martins viajou de Brasília para Curitiba em 31 de dezembro de 2022, o que desmentia a possibilidade de ele ter deixado o país no dia anterior.

A Polícia Federal também alegava, ao solicitar a prisão de Martins, que ele estava foragido. Contudo, o ex-assessor estava no Paraná, em local conhecido e até publicava imagens em redes sociais. Apesar disso, a prisão foi decretada e o ex-assessor ficou detido por quase 7 meses.

O ministro Alexandre de Moraes, ao autorizar a saída de Martins da prisão, mesmo com o conhecimento de todas as provas apresentadas pela defesa sobre o réu não ter fugido do país, determinou as seguintes medidas cautelares:

Moraes Veta concedeu entrevista.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que Filipe Martins não conceda entrevista ao Poder360, a fim de evitar o risco de tumulto neste momento processual. O magistrado não considera existir um risco de tumulto.

O pedido da Poder360 foi submetido ao STF em 12 de março de 2025, há quase quatro meses. No requerimento, este jornal digital sustenta que a realização da entrevista não é incompatível com as medidas cautelares impostas e que existe interesse público.

A Abraji questionou a decisão por meio de uma nota em seu site.

Para a Abraji, é inegável o interesse público desta entrevista. Nesse sentido, solicita a reconsideração da decisão do ministro, que foi divulgada no último dia 3 de julho, quatro meses após o pedido de entrevista feito pelo Poder360.

Fonte por: Poder 360

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.