China se prepara para expandir comércio em 2026, promovendo exportações e importações sustentáveis, apesar das tensões com parceiros e críticas do FMI.
A China está se preparando para aumentar suas exportações e importações no próximo ano, com o objetivo de promover um comércio “sustentável”. A informação foi divulgada pela emissora estatal CCTV, que citou uma autoridade de alto escalão da área econômica.
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Essa estratégia tem gerado tensões com os parceiros comerciais de Pequim e atraído críticas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outros especialistas, que consideram o modelo de crescimento baseado na produção insustentável.
Han Wenxiu, vice-diretor da Comissão Central de Assuntos Financeiros e Econômicos, afirmou em uma conferência que é necessário “aderir à abertura” e “promover a cooperação vantajosa para todos”. Ele destacou a importância de expandir as exportações e aumentar as importações para impulsionar o desenvolvimento sustentável do comércio exterior.
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Han também mencionou que a China incentivará as exportações de serviços em 2026. Ele prometeu implementar medidas que visam aumentar a renda familiar, elevar as pensões básicas e eliminar restrições “irracionais” no setor de consumo. O vice-diretor reiterou a necessidade de conter as guerras de preços deflacionárias, que ocorrem quando as empresas se envolvem em rivalidades excessivas, prejudicando seus lucros.
Recentemente, o FMI pediu à China que faça uma “escolha corajosa” ao restringir as exportações e estimular a demanda do consumidor. Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI, destacou que a China é grande demais para depender apenas do crescimento impulsionado pelas exportações, o que pode intensificar as tensões comerciais globais.
Economistas alertam que o desequilíbrio entre produção e consumo na economia chinesa pode ameaçar o crescimento a longo prazo, em favor de um ritmo acelerado no curto prazo. Na quinta-feira (11), os líderes chineses prometeram manter uma política fiscal “proativa” no próximo ano, visando estimular tanto o consumo quanto o investimento.
Analistas projetam que Pequim busca um crescimento em torno de 5%.
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Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.