China intensifica guerra comercial com os EUA e penaliza gigante sul-coreana Hanwha Ocean

Medida contra unidades da Hanwha Ocean nos EUA pressiona aliados de Washington na Ásia a reconsiderar suas estratégias.

14/10/2025 6:33

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

China impõe sanções a unidades da Hanwha Ocean

A China anunciou sanções contra cinco unidades americanas da Hanwha Ocean, um grupo sul-coreano do setor naval. Essa medida representa uma nova escalada nas tensões comerciais com os Estados Unidos, em meio à preparação para futuras negociações entre os dois países.

A decisão gerou uma reação imediata nos mercados financeiros. As ações da Hanwha caíram drasticamente na Bolsa de Seul, enquanto estaleiros chineses experimentaram uma valorização. Este episódio é mais um capítulo na disputa por influência no setor marítimo global, que é responsável pela maior parte do comércio internacional.

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As autoridades chinesas afirmaram que as subsidiárias da Hanwha teriam colaborado com investigações conduzidas por Washington sobre a indústria naval da China, o que comprometeria interesses considerados estratégicos por Pequim.

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Disputa no setor naval

O setor naval é um dos principais focos da disputa entre Estados Unidos e China. Os EUA buscam reativar sua indústria com apoio internacional, especialmente da Coreia do Sul. Em contrapartida, a China já domina uma parte significativa da produção global de embarcações e tenta limitar a influência americana no mercado asiático.

A Hanwha havia manifestado apoio público a investigações do Escritório do Representante de Comércio dos EUA, o que pode ter motivado a retaliação por parte da China. A empresa declarou que está avaliando os possíveis impactos dessa medida em seus negócios.

Críticas de Scott Bessent

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, criticou a reação da China, afirmando que as restrições severas a exportações de insumos críticos, como terras raras, prejudicam as cadeias produtivas globais. Para ele, essa ação é uma tentativa de pressionar parceiros comerciais em um momento de fragilidade da economia chinesa.

Bessent também destacou que, ao atacar setores estratégicos dos EUA e de seus aliados, a China estaria comprometendo sua própria posição no mercado internacional. Ele alertou que, se a intenção for desacelerar o comércio global, a China também enfrentará consequências.

Possíveis respostas dos EUA

As novas restrições surgem a poucos dias de um possível encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, previsto para o final do mês, durante a reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, na Coreia do Sul.

Autoridades americanas indicaram que o governo já está preparando medidas de resposta caso não haja avanços nas negociações. Entre as propostas está a exigência de licenças para exportações de software para a China, o que pode impactar diretamente setores industriais estratégicos do país asiático.

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.