China e Rússia fortalecem o apoio a Brasil e Índia no Conselho de Segurança
A declaração final da Cúpula do Brics, que se estende até segunda-feira (7) no Rio de Janeiro, contou com a manifestação ocorrida neste domingo (6).

Rússia e China, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, apoiam a admissão do Brasil e da Índia, em um movimento de reforma do grupo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O pedido de expansão do grupo foi reforçado neste domingo (5) na declaração final da BRICS, que se estende até esta segunda-feira (7) no Rio de Janeiro.
Apesar do comunicado ter indicado alterações no colegiado da ONU, a decisão gerou debate entre os integrantes do BRICS.
Leia também:

O Brics defende a regulamentação local da inteligência artificial, em oposição a Trump

Trump promete tarifa de 10% para quem se alinhar às políticas dos BRICS

Trump anuncia envio de tarifas adicionais a mais de 100 nações
A reforma do Conselho de Segurança é uma antiga solicitação do grupo — notadamente dos membros originais: Brasil, Rússia, Índia e China (África do Sul entrou logo após a formação).
Egito e Etiópia – que passaram a integrar o Brics a partir de 2024 – divergem em parte do processo pela percepção de que não serão os escolhidos como representantes da África em uma eventual expansão do Conselho de Segurança. Neste cenário, África do Sul e Nigéria aparecem com maior proeminência.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Apesar desse impasse que foi superado, o texto demonstra apoio explícito da China e da Rússia para que o Brasil e a Índia se tornem novos membros do Conselho de Segurança.
Relembrando as Declarações dos Líderes de Pequim (2022) e Joanesburgo II (2023), ambos os países reforçam seu apoio a um papel mais importante para o Brasil e Índia nas Nações Unidas, abrangendo o Conselho de Segurança.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a reforma do Conselho de Segurança em sua fala de abertura do evento.
A declaração do BRICS enfatiza o apoio às aspirações legítimas dos países emergentes e em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, incluindo os países do BRICS, para que estes possam desempenhar um papel mais relevante nos assuntos internacionais, notadamente na ONU e seu Conselho de Segurança.
O bloco identificou as necessidades específicas dos países africanos, como se manifesta no Consenso de Ezulwini e na Declaração de Sirte, evidenciando que a reforma do Conselho de Segurança da ONU é essencial para “expandir a voz do Sul Global”.
A persistência do BRICS na reforma do principal órgão de tomada de decisões da ONU reflete o aumento da insatisfação de vários países com a configuração atual do Conselho, que muitos consideram obsoleta e não mais representativa da realidade geopolítica mundial. O movimento busca realinhar o poder dentro da estrutura da ONU, concedendo maior peso às nações em desenvolvimento e emergentes.
Publicado por Gabriel Bosa, com informações de Daniel Rittner e Jussara Soares, da CNN
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.