Tensões Crescem entre China e Japão sobre Taiwan
O embaixador da China na Organização das Nações Unidas (ONU), Fu Cong, enviou uma carta ao secretário-geral da organização, António Guterres, na sexta-feira, 21 de novembro de 2025. A carta abordava as crescentes tensões com o Japão, motivadas pelas preocupações sobre uma possível intervenção militar chinesa em Taiwan.
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Fu Cong acusou o Japão de cometer uma “grave violação da lei internacional” e normas diplomáticas, especificamente em referência às declarações da primeira-ministra japonesa, do Partido Liberal Democrata, que defendia o direito de resposta militar em caso de ataque chinês à ilha.
Segundo o embaixador, tal ação representaria “um ato de agressão”.
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Na carta, Fu Cong afirmou que a China “exercerá resolutamente seu direito de autodefesa, conforme a Carta da ONU e a lei internacional, para defender sua soberania e integridade territorial”. Ele também solicitou que o Japão “cesse as provocações, respeite os limites estabelecidos e se retrate sobre as declarações consideradas prejudiciais aos interesses fundamentais da China”.
O ministro das Relações Exteriores do Japão, em declaração à Reuters, manifestou conhecimento da carta e reafirmou o compromisso do país com a paz. Ele classificou as alegações chinesas como “totalmente inaceitáveis”, ressaltando que as declarações da primeira-ministra japonesa foram feitas em resposta a uma possível ameaça à segurança nacional do Japão, situada a 100 km de Taiwan.
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A situação continua delicada, com Taiwan sendo considerada por Pequim como parte integrante do seu território. O governo taiwanês, por sua vez, rejeita as reivindicações chinesas, defendendo que a decisão sobre seu futuro cabe exclusivamente aos seus cidadãos.
O impasse já tem gerado impactos econômicos entre os países, com a China suspendendo a importação de produtos japoneses e paralisando a aprovação de novos filmes no mercado chinês, além de cancelar voos entre os dois países.
