China critica revogação de vistos americanos, afirmando expor a falsidade da liberdade no país
Um porta-voz do governo chinês declarou que as restrições de vistos para estudantes prejudicam a credibilidade da Casa Branca.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou em 29 de maio de 2025 que a decisão da Casa Branca de revogar os vistos de estudantes chineses nos Estados Unidos expõe a mentira da suposta liberdade e abertura que, segundo ela, os norte-americanos sempre defenderam.
Ning declarou que a ação é “injustificada” e “discriminatória”, e que o governo chinês apresentou reclamações ao governo liderado por Donald Trump (Republicano).
A porta-voz afirmou que essa prática política e discriminatória dos EUA expõe a falsidade da suposta liberdade e abertura que os EUA sempre promoveram e ainda prejudicará significativamente a imagem internacional e a credibilidade nacional dos Estados Unidos.
O governo chinês não forneceu detalhes sobre se haverá uma retaliação contra a medida. Apenas afirmou que espera que a Casa Branca trabalhe para estabelecer relações mais construtivas com a China.
A decisão de revogar vistos para estudantes chineses foi anunciada na quarta-feira (28.mar) pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. A ação impactará estudantes chineses que possuam qualquer ligação com o Partido Comunista Chinês ou que estejam estudando áreas consideradas “críticas”, como setores tecnológicos.
LEIA TAMBÉM:
● Elenco dispendioso não justifica resultados na tabela do Campeonato Brasileiro
● Antigos ministros de Bolsonaro desmentem alegações de caráter golpista em encontro ministerial
● Meta AI alcança 1 bilhão de usuários mensais, afirma Zuckerberg
A determinação da suspensão temporária na concessão de vistos a estudantes internacionais, assinada por Trump na terça-feira (27 de maio), levou à revogação dos vistos atuais, sendo a China o único país diretamente mencionado pela Casa Branca.
Esta é mais uma escalada nas tensões entre os dois países que parecia diminuir após a negociação que suspendeu a maior parte das tarifas aplicadas na guerra comercial iniciada por Trump naquele ano.
Os governos chinês e americano trocaram acusações por meses, em discursos, declarações e vídeos, porém desde a negociação na Suíça o clima estava mais conciliador.
Fonte: Poder 360
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.