China ameaça retaliação se Trump não recuar de tarifa de 100%

Tensões Comerciais entre EUA e China Aumentam

Pequim anunciou que tomará contramedidas caso o presidente dos EUA, Donald Trump, cumpra sua promessa de impor tarifas de 100% sobre as importações chinesas. A ameaça de Trump surgiu após a China implementar restrições à exportação de minerais de terras raras na semana passada, o que pode comprometer meses de negociações comerciais.

Um porta-voz do Ministério do Comércio da China afirmou que recorrer a tarifas elevadas não é a abordagem correta para lidar com o país. Este foi o primeiro comentário oficial de Pequim sobre a ameaça de Trump.

Reação da China e Consequências Econômicas

O porta-voz enfatizou que, se os EUA continuarem a agir de forma unilateral, a China tomará as medidas necessárias para proteger seus direitos e interesses. Ele reiterou que a posição da China em relação a uma guerra tarifária é clara: não desejam um conflito, mas não temem um.

A escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo afetou o mercado financeiro, gerando preocupações sobre uma nova batalha tarifária semelhante àquela da primavera, quando as tarifas sobre importações de ambos os países dispararam.

Impacto nas Negociações e Indústrias

As incertezas nas negociações comerciais entre EUA e China aumentaram, especialmente com a expectativa de uma reunião entre Trump e o líder chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul. No entanto, Trump levantou dúvidas sobre a realização do encontro devido à questão das terras raras.

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O Ministério do Comércio da China classificou as novas regras sobre terras raras como uma ação legítima e responsabilizou Washington pela escalada recente, citando novas medidas restritivas introduzidas pelo governo Trump após a última rodada de negociações em Madri.

Controles sobre Terras Raras e Repercussões Globais

As novas regras da China incluem uma lista ampliada de minerais restritos e limitações sobre suas tecnologias de produção e uso no exterior, afetando setores como eletrônicos, semicondutores e indústria automotiva. Isso pode pressionar as cadeias de suprimentos globais que dependem desses minerais.

Trump, em sua rede social, descreveu a ação da China como “extremamente hostil”. Especialistas apontaram que as medidas de Pequim refletem as restrições que os EUA impuseram ao longo dos anos, limitando a exportação de semicondutores para a China.

Críticas aos EUA e Mudança de Estratégia da China

O Ministério do Comércio da China criticou a reação dos EUA às suas novas regras, alegando que os Estados Unidos abusam dos controles de exportação e impõem restrições unilaterais. A lista de controle de exportação dos EUA abrange mais de 3 mil itens, enquanto a da China possui pouco mais de 900.

A decisão da China de adotar táticas semelhantes às dos EUA sinaliza uma mudança em sua estratégia, refletindo um aumento nas tensões comerciais entre os dois países.