Chilenos vão às urnas no dia 14 para escolher entre Jeannette Jara e José Antonio Kast, em uma eleição polarizada que promete mudanças significativas
No próximo domingo (14), os chilenos irão às urnas para decidir quem liderará o país entre 2026 e 2030. Mais de 15,7 milhões de eleitores estão habilitados a votar. O segundo turno polarizado contará com Jeannette Jara, candidata comunista da coalizão governista, e José Antonio Kast, ultradireitista do Partido Republicano.
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A diferença entre os candidatos no primeiro turno foi de cerca de três pontos percentuais, um resultado melhor do que o esperado para Kast. No entanto, as pesquisas de opinião atuais indicam uma ampla vantagem para o ultradireitista. Jara obteve 34% no último levantamento, enquanto Kast busca consolidar sua posição.
Uma vitória de Kast representaria uma mudança política significativa no Chile, especialmente em um momento em que a criminalidade e a imigração são as principais preocupações dos eleitores, superando demandas por maior igualdade. O futuro presidente enfrentará o desafio de governar sem uma maioria absoluta na Câmara ou no Senado, o que exigirá negociações parlamentares.
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A votação do segundo turno ocorrerá das 8h às 18h, tanto no horário de Santiago quanto no de Brasília. Após o fechamento das urnas, as autoridades eleitorais divulgarão boletins parciais e o resultado final. Esta é a primeira eleição presidencial com voto obrigatório no Chile desde 2012.
Jeannette Jara, de 51 anos, é membro da coalizão governista e tem uma longa trajetória política desde o retorno da democracia no Chile. Crescida em um bairro operário de Santiago, Jara foi Subsecretária de Seguridade Social durante o segundo mandato da ex-presidente Michelle Bachelet e, em 2022, assumiu o cargo de Ministra do Trabalho e Previdência Social no governo de Gabriel Boric.
Durante sua campanha, Jara defendeu a necessidade de combater o crime organizado e o narcotráfico sem recorrer à militarização.
José Antonio Kast, de 59 anos, já concorreu à presidência do Chile em duas ocasiões. Descendente de imigrantes alemães, ele foi deputado entre 2002 e 2018 e pertenceu ao partido de direita União Democrática Independente. Para esta campanha, Kast moderou seu discurso, evitando temas polêmicos e focando em questões de lei e ordem.
Suas propostas incluem medidas rigorosas sobre imigração e a construção de uma vala para conter a entrada ilegal no país, comparando-se a figuras como Donald Trump e Jair Bolsonaro. Seu estilo de comunicação direto e conservadorismo têm aumentado sua popularidade entre os eleitores de direita no Chile.
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.