Chanceler de Cuba declara apoio a Venezuela e critica ameaças dos EUA

Tensão entre Cuba e EUA Aumenta com Mobilização Militar nos Caraíbas

As declarações do ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, revelam a crescente tensão entre o país e os Estados Unidos, impulsionada pela recente mobilização de navios de guerra americanos no Mar do Caribe. Rodríguez expressou veemente oposição a essa ação, considerando-a uma “ameaça direta” à estabilidade regional e à soberania de diversos países latino-americanos, incluindo a Venezuela.

Ameaças e Protestos

O chanceler criticou a operação militar como uma tentativa de reativar a “Doutrina Monroe”, caracterizada pelo uso de “canhoneiras” e o domínio das armas. A mobilização americana, que visa combater o tráfico de drogas, é vista por Havana como uma ameaça à paz e segurança da região.

Resposta de Rodríguez e Evitando Respostas Diretas

Questionado sobre uma possível resposta militar em caso de intervenção dos EUA na Venezuela, Rodríguez respondeu que se tratava de um cenário hipotético. Ele declarou que só responderia caso houvesse uma intervenção militar, indicando que a situação é complexa e depende de uma avaliação concreta.

Busca por Diálogo sem Condições

Apesar das tensões, Rodríguez reafirmou o desejo de Cuba de manter conversas sérias com Washington, mesmo sob o governo de Donald Trump. No entanto, ele enfatizou que faria isso “sem condições prévias”, buscando um relacionamento baseado no direito internacional, na independência e soberania de ambos os países.

Críticas à Política de Imigração dos EUA

O chanceler também criticou a política de imigração do governo Trump, acusando-o de usar a questão migratória como ferramenta de pressão política. Ele argumentou que Havana tem sido alvo de manipulações e que os migrantes cubanos têm sido ignorados após chegarem aos Estados Unidos.

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Expectativas e Desafios

Cuba busca manter um relacionamento civilizado com os EUA, mas enfrenta desafios internos, como uma crise econômica e energética. O ministro espera que os EUA respeitem o modelo político e econômico de Cuba, enquanto a ilha busca manter o diálogo e a cooperação, apesar das divergências.