CGU investiga servidores do INSS em fraudes bilionárias contra aposentados
Suspeitas confirmadas podem resultar em processos que incluem advertência, suspensão ou demissão do servidor público.
Desconfianças e Investigações Contra Servidores do INSS
A Controladoria-Geral da União (CGU) iniciou nove investigações contra funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devido a suspeitas de envolvimento em um esquema de cobranças indevidas de aposentados e pensionistas. As investigações buscam apurar possíveis irregularidades e enriquecimento ilícito.
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Os processos incluem sete Sindicâncias Patrimoniais, com o objetivo de identificar o “possível enriquecimento ilícito”, além de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e uma Investigação Preliminar Sumária (IPS). A CGU busca detalhar as responsabilidades dos servidores envolvidos.
Consequências Potenciais das Investigações
Caso as suspeitas sejam confirmadas, os envolvidos podem enfrentar sanções administrativas, como advertências, suspensões e demissões. Além disso, as descobertas podem ser encaminhadas à Polícia Federal e ao Ministério Público para análise criminal.
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Envolvimento da Polícia Federal e do Lobista
Investigações da Polícia Federal revelaram que alguns dirigentes e servidores do INSS receberam propina para validar acordos de cooperação técnica (ACTs) que permitiram as cobranças irregulares. O repasse de pelo menos R$ 9,3 milhões foi identificado, originário de empresas ligadas ao lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, atualmente preso preventivamente pelo Supremo Tribunal Federal.
Apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)
As investigações da CGU contam com informações fornecidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que auxilia na análise das movimentações financeiras dos suspeitos. A colaboração do Coaf é fundamental para o desmantelamento do esquema.
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Operação Sem Desconto e Impacto nos Aposentados
A Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal em parceria com a CGU, expôs que, em uma amostra de 1.273 aposentados, a grande maioria (97,6%) negou ter autorizado os descontos e 95,9% não eram associados a entidades. Essa situação indica que associações fraudulentas retiravam recursos sem o consentimento das vítimas, com a aprovação de servidores do INSS.
CPMIs e Ações Paralelas
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) está conduzindo uma investigação paralela, com ações como a colheita de depoimentos e a ordem de prisão de indivíduos envolvidos no escândalo. A CPMI busca aprofundar o conhecimento sobre o esquema e identificar todos os responsáveis.
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.












