Cerca de 51% dos deputados federais desejam que Jair Bolsonaro renuncie à sua candidatura para as eleições de 2026

A maioria dos deputados federais deseja que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abandone sua candidatura à Presidência da República em 2026, aponta pesquisa da Genial/Quaest.

O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (02/07/2025).

O ex-presidente foi considerado inelegível pelo TSE até 2030, após condenação em 2023 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Bolsonaro ainda pode recorrer da decisão ao STF. Seus apoiadores acreditam que ele poderá concorrer.

A pesquisa Genial/Quaest entrevistou 203 deputados federais entre 7 de maio e 30 de junho, o que corresponde a aproximadamente 40% dos parlamentares da Câmara. As entrevistas foram realizadas pessoalmente e por meio digital.

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Os resultados indicam que 23% dos parlamentares consultados defendem que o ex-presidente mantenha sua candidatura para a próxima eleição presidencial. Outros 26% não souberam ou preferiram não responder à questão.

A pesquisa apresenta uma margem de erro de 4,5 pontos percentuais, podendo variar para cima ou para baixo.

Vitória da oposição.

A mesma pesquisa indica que 50% dos deputados apoiam um candidato oposicionista, enquanto 35% consideram Lula o favorito.

O governador de São Paulo, Tarcísiio de Freitas, foi citado por 29% dos deputados como o nome mais provável para a disputa de 2026. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo lugar nas indicações, com 13% das menções.

O poder executivo enfrenta um declínio de apoio.

A pesquisa Quaest aponta a pior avaliação do governo Lula desde o início do mandato em 2023. Entre os deputados federais, 46% avaliam negativamente a gestão atual, enquanto 27% têm opinião positiva. Para 24% dos parlamentares, o desempenho do governo é considerado “regular”, e 3% não souberam ou não responderam.

A deterioração da imagem governamental foi mais intensa entre os deputados que se declaram independentes. Nesse grupo, a avaliação negativa aumentou de 20% em 2023 para 44% em 2025, representando um aumento de 24 pontos percentuais em dois anos. No mesmo período, a avaliação positiva entre os independentes diminuiu de 18% para 8%, e a classificação “regular” caiu de 59% para 44.

Os parlamentares do grupo governista continuam apoiando o presidente, com 71% deles avaliando positivamente a administração de Lula. Esse índice apresenta uma leve diminuição em relação aos 74% registrados em 2023. A avaliação negativa nesse grupo permaneceu estável, passando de 3% para 2.

No campo da oposição, a rejeição ao governo alcança 96% dos parlamentares, um leve aumento em comparação com os 94% registrados em 2023. Nenhum deputado oposicionista entrevistado considera positiva a gestão atual.

Diferenças regionais.

A pesquisa Quaest identifica variações regionais significativas na avaliação do governo. No Nordeste, há um empate técnico: 37% dos deputados aprovam a gestão Lula, 33% a rejeitam e 30% a consideram regular.

Nas demais regiões do país, a avaliação é majoritariamente negativa: 51% no Sudeste, 57% no Sul e 47% no Centro-Oeste e Norte (considerados em conjunto). A avaliação positiva atinge 24% entre os parlamentares do Sudeste, 21% do Sul e 20% do Centro-Oeste e Norte.

Fonte por: Poder 360